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Trump ameaça UE com "tremenda" capacidade de castigo se não ceder no comércio

O presidente norte-americano ameaçou a União Europeia (UE) com uma "tremenda" capacidade de castigo em matéria comercial, especialmente no sector automóvel, uma semana antes de receber o presidente da Comissão Europeia.

18 de Julho de 2018 às 23:51
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"Dizemos que, se não negociarmos algo justo, temos uma tremenda capacidade de castigo que não queremos usar, mas temos grandes poderes", declarou Donald Trump, durante uma reunião com os seus ministros na Casa Branca, para preparar a reunião com Jean-Claude Juncker.

 

"Incluídos os automóveis. Os automóveis são o mais importante. E sabem do que estamos a falar a propósito de automóveis e taxas alfandegárias", acrescentou.

 

Trump insistiu na necessidade de a UE ceder às suas exigências de facilitar o acesso dos produtos norte-americanos ao mercado europeu e ameaçou com a aplicação de taxas alfandegárias de até 20% sobre as importações de automóveis provenientes da UE.

 

O governo de Trump já aplicou taxas alfandegárias às importações de aço e alumínio provenientes da UE como parte da sua agressiva agenda proteccionista, media a que Bruxelas respondeu com ações similares de represália comercial, aumentando as taxas alfandegárias sobre várias importações oriundas dos EUA.

 

As declarações de Trump foram feitas uma semana antes de receber Juncker, na Casa Branca, a 25 de Julho, para discutir um amplo conjunto de assuntos, incluindo políticas internacionais e de segurança, segurança energética e crescimento económico.

 

Esta quinta e sexta-feira o Departamento norte-americano do Comércio conduz dois dias de audições no seu inquérito para determinar se as importações de automóveis representam uma ameaça à segurança nacional.

 

A Administração Trump, recorde-se, tem estado a ponderar impor tarifas de 25% aos automóveis que entrem no país, com base nessa justificação.

 

Bruxelas avisou Washington de que se os EUA impuserem novas tarifas aduaneiras sobre a indústria europeia de veículos e componentes de automóveis, a UE responderá na mesma moeda, prejudicando o sector automóvel norte-americano, ao agravar as taxas alfandegárias sobre as exportações norte-americanas de automóveis que valem cerca de 294 mil milhões dólares.

 

No entanto, no passado dia 5 de Julho, Angela Merkel mostrou-se favorável à ideia de baixar as tarifas aduaneiras impostas pela UE à importação de automóveis produzidos nos Estados Unidos. A chanceler alemã afirmou que apoiaria o início de conversações com vista a um acordo.

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