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Dólar forte, tensões comerciais e resultados menos bons abalam Wall Street

As bolsas norte-americanas encerraram em baixa, depois de uma série de resultados trimestrais fracos terem mexido com a expectativa de um segundo trimestre robusto para as cotadas do país. Também a valorização do dólar e as tensões comerciais penalizaram o sentimento dos investidores.

Reuters
19 de Julho de 2018 às 21:19
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O Dow Jones fechou a ceder 0,53% para 25.064,50 pontos e o índice tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,37%, a valer 7.825,30 pontos.

 

Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 perdeu 0,40% para se estabelecer nos 2.804,49 pontos, depois de ontem ter atingido máximos de cinco meses.

 

A pressionar a negociação bolsista esteve a divulgação de alguns resultados trimestrais abaixo do esperado.

 

O Bank of New York Mellon fechou a cair 5,23% para 52,73 dólares, tendo chegado a afundar mais de 6% durante a sessão. Isto depois de anunciar que a perda de dois grandes clientes irá continuar a penalizar os seus resultados.

 

Já a seguradora Travelers recuou perto de 4%, após reportar lucros abaixo do esperado, devido às perdas relacionadas com a cobertura de estragos causados por tempestades.

 

O sector financeiro perdeu assim cerca de 1%, sendo o mais castigado das 11 categorias que compõem o S&P 500.

 

Também as tensões comerciais estiveram a pesar na tendência, especialmente depois de a União Europeia ter dito que está a preparar uma lista de tarifas sobre produtos importados dos EUA para o caso de a Casa Branca impor tarifas à entrada de automóveis do bloco europeu no país – Donald Trump diz que tem estado a ser ponderada a implementação de tarifas de 25% sobre os carros do Velho Continente.

 

Um grupo que representa as maiores fabricantes automóveis nos EUA disse ao Departamento norte-americano do Comércio que impor tarifas de 25% sobre os automóveis importados irá fazer subir os preços dos veículos norte-americanos em 83 mil milhões de dólares anualmente e custará centenas de milhares de empregos.

 

O Departamento do Comércio iniciou hoje dois dias de audições no seu inquérito para determinar se as importações de automóveis representam uma ameaça à segurança nacional. A Administração Trump, recorde-se, tem estado a usar essa justificação para pensar impor as tarifas de 25% aos automóveis que entrem no país.

 

Hoje, o secretário norte-americano do Comércio, Wilbur Ross, disse na audição que é "demasiado cedo" para dizer se a Administração Trump irá mesmo impor as tarifas, mas a maioria das fabricantes automóveis do país e muitos membros do Congresso já vêem essa decisão como um dado adquirido, refere a Reuters.

 

Outro factor que hoje penalizou a negociação bolsista do outro lado do Atlântico foi o da valorização do dólar face aos principais pares, nomeadamente o euro.

 

A nota verde atingiu hoje máximos de um ano, impulsionada pelo optimismo da Reserva Federal norte-americana quanto à prossecução do crescimento da economia do país.

 

No entanto, a valorização do dólar poderá afectar negativamente as empresas que obtêm boa parte das suas receitas fora do território dos EUA, uma vez que penaliza os ganhos com as exportações.

 

No início desta semana, a Netflix referiu que o dólar forte teve um impacto negativo nos seus resultados trimestrais.

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