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Democratas mais perto de ficarem com o Senado após vitória de Warnock
Raphael Warnock vai ser o primeiro senador afro-americano da Georgia, depois de ter derrotado a candidata republicana, o que coloca os democratas mais perto de conquistarem o senado.
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Raphael Warnock ganhou um dos dois lugares no Senado que estavam em disputa nas eleições no Estado da Georgia esta terça-feira, avançou a Associated Press.
Warnock derrotou a atual senadora Kelly Loeffler, que ainda não concedeu. O democrata, que é pastor da igreja batista de Atlanta, será assim o primeiro senador negro eleito pelo estado da Georgia, habitualmente conservador e até aqui um bastião dos republicanos.
Na outra corrida ao segundo lugar no Senado que estão em disputa nestas eleições, Jon Ossoff (democrata) e David Perdue (republicano) seguem ainda lado a lado. Com 98% dos votos contados, Warnock segue com 50,6% dos votos e cerca de 50 mil voto a mais do que a republicana.
Se Jon Ossoff e Raphael Warnock conseguirem ambos uma vitória, os democratas passam a controlar a câmara alta do Congresso dos EUA, onde já controlam a Câmara de Representantes, dando maior margem à estratégia política do Presidente eleito, Joe Biden.
Warnock é pastor na mesma igreja em que Martin Luther King pregou até ser assassinado em 1968, em Atlanta, durante o movimento pelos direitos cívicos dos afro-americanos. "Esta noite, demonstrámos que com esperança, trabalho duro e pessoas do nosso lado, tudo é possível", disse Warnock aos apoiantes num discurso virtual.
O outro democrata em liça, Jon Ossoff, também estava à frente na contagem face ao senador republicano cessante, David Perdue, quando estavam contados 95% dos votos, segundo a agência de notícias Associated Press (AP). Ossoff, com 33 anos, poderá tornar-se o mais jovem senador democrata desde Joe Biden, eleito naquele estado em 1973.
A confirmar-se a eleição dos dois democratas, o partido de Joe Biden reforçaria a vitória, podendo obter o controlo daquela câmara, no que seria um novo revés para o Presidente em exercício, Donald Trump, que continua sem admitir a derrota nas eleições de 03 de novembro. Com uma dupla vitória na Geórgia, os democratas obteriam 50 lugares no Senado, tal como os Republicanos.
Mas, tal como previsto na Constituição, a futura vice-presidente Kamala Harris teria o poder de "desempatar", fazendo pender o equilíbrio da balança para os democratas.
Galvanizados pela vitória de Joe Biden naquele estado conservador do sul, a primeira desde 1992, os democratas conseguiram mobilizar os eleitores, particularmente os afro-americanos, a chave para qualquer vitória dos democratas. Mais de três milhões de eleitores puderam votar antecipadamente, representando cerca de 40% dos recenseados na Geórgia, um número recorde em eleições para o Senado neste estado.
(notícia em atualização)