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Da UE aos EUA e Israel: as reações à queda de Bashar al-Assad

Os líderes internacionais reagiram ao longo deste domingo à deposição do ex-presidente da Síria, que procurou asilo na Rússia.

LUSA_EPA
08 de Dezembro de 2024 às 20:01
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Após mais de uma década de guerra civil na Síria, os rebeldes tomaram a capital e depuseram o regime de Bashar al-Assad, que procurou asilo na Rússia. Nas reações internacionais, houve manifestações sobre a queda de uma ditadura, mas também apelos ao fim da violência.

"A cruel ditadura de Assad caiu. Esta mudança histórica na região oferece oportunidades, mas não está isenta de riscos", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, citada pela Reuters. "A Europa está pronta a apoiar a salvaguarda da unidade nacional e a reconstrução de um Estado sírio que proteja todas as minorias", garantiu.

Da mesma forma, o chefe da política externa da União Europeia (UE), Kaja Kallas, indicou que o fim da ditadura de Assad é um "desenvolvimento positivo e há muito esperado", que mostra também a fraqueza dos apoiantes do ex-líder, a Rússia e o Irão. "A nossa prioridade é garantir a segurança na região. Trabalharei com todos os parceiros construtivos, na Síria e na região".

Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, sublinhou que este é um "período crítico" para a região e para os milhões de sírios que desejam um futuro "livre, estável e seguro". "O que acontecer nas próximas horas e dias é importante", sublinhou.

Nos Estados Unidos, a Casa Branca emitiu um comunicado em que indica que o ainda Presidente Joe Biden e a sua equipa estão "a acompanhar de perto" os acontecimentos na Síria e a manter-se em contacto permanente com os parceiros regionais.

Já o presidente-eleito, Donald Trump, escreveu na rede social Truth Social: "Assad foi-se embora. Fugiu do seu país. O seu protetor, a Rússia, a Rússia, a Rússia, liderada por Vladimir Putin, já não estava interessada em protegê-lo. A Rússia e o Irão estão num estado enfraquecido neste momento, um por causa da Ucrânia e de uma má economia, o outro por causa de Israel e do seu sucesso na luta."

Da parte do Irão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu também um comunicado em que diz que respeitar a unidade e soberania nacionais da Síria, tendo apelado a um fim rápido dos conflitos militares, à prevenção de ações terroristas e ao início do diálogo nacional com todos os setores da sociedade síria.

A queda de Assad, um dos principais elos do eixo iraniano, é um dia histórico e um resultado direto dos golpes desferidos por Israel contra o Hezbollah e o Irão, afirmou Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita. "Não permitiremos que nenhuma força hostil se estabeleça na nossa fronteira", acrescentou.


Por seu turno, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia indicou, também em comunicado, que Bashar al-Assad deixou o poder e abandonou o país depois de ter ordenado uma transferência pacífica do poder. Garantiu que Moscovo não participou nas conversações sobre a sua partida, que não existe atualmente qualquer ameaça grave às bases militares russas na Síria e que está em contacto com todos os grupos da oposição síria, instando todas as partes a absterem-se de violência.

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