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ERSE considera adequados investimentos na distribuição elétrica mas aponta melhorias

A proposta em causa apresenta, para o período entre 2026-2030, um investimento total de 1.607,6 milhões de euros a custos totais, tendo em vista a necessidade de responder aos desafios impostos às redes de distribuição com a descarbonização e eletrificação.

Para 2023, a ERSE teve em conta um custo médio de aquisição de energia para fornecimento aos clientes no mercado regulado de 223,4 euros/MWh.
Regis Duvignau/Reuters
10 de Abril de 2025 às 20:31
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A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) considerou esta quinta-feira ser, no global, adequada a proposta do Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Distribuição do setor Elétrico (PDIRD-E), mas apontou melhorias.

"No global, a ERSE considera adequada a proposta do PDIRD-E 2024", lê-se no parecer do regulador da energia, hoje divulgado.

A proposta em causa apresenta, para o período entre 2026-2030, um investimento total de 1.607,6 milhões de euros a custos totais, tendo em vista a necessidade de responder aos desafios impostos às redes de distribuição com a descarbonização e eletrificação.

Contudo, a ERSE identificou alguns aspetos em que a proposta pode ser melhorada para "tornar mais clara a adoção de algumas opções tecnológicas".

O regulador recomenda, assim, que seja realçado o nível em que se prevê recorrer a modelos dinâmicos de gestão inteligente das redes e que o operador da Rede Nacional de Distribuição apresente uma estimativa anual da extensão da rede que prevê operar.

Por outro lado, sugere que o operador identifique novos casos de "potencial recurso" a soluções de flexibilidade e que aprofunde o seu conhecimento sobre metodologias de planeamento baseadas em critérios probabilísticos.

Já sobre o investimento na renovação de ativos, a ERSE considerou ser adequada a opção em adotar uma metodologia assente na condição física dos ativos em detrimento da sua idade.

Ainda assim, defendeu que a resposta às necessidades de investimento deve ser desfasada no tempo, permitindo "alisar o impacto desse investimento em sede tarifária".

Relativamente aos investimentos para dar resposta aos problemas na rede, que exigem uma solução imediata, a ERSE entendeu que esta decisão pode beneficiar da "adoção de uma gestão preditiva de incidentes e da condição dos ativos".

Para isso, a versão final da proposta do PDIRD-E 2024 deve refletir ganhos de eficiência e um aperfeiçoamento dos montantes inscritos.

"Sobre as necessidades de investimento com foco na qualidade de serviço técnica, não obstante o caminho já percorrido nesse domínio, a ERSE recomenda que, na versão final da proposta de PDIRD-E 2024, sejam identificadas situações de alimentação às redes de BT [baixa tensão] em que possa ser necessário proceder ao reforço da alimentação a partir da rede MT [média tensão]", acrescentado.

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