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Governo sírio cai às mãos dos rebeldes pondo fim a 50 anos de domínio da dinastia Assad
Rebeldes tomaram a capital durante a madrugada e manhã deste domingo, após 13 anos de guerra. civil. Presidente Bashar al-Assad terá abandonado o país e procurado refúgio na Rússia.
Depois de controlar os subúrbios da capital ao longo de sábado, as forças rebeldes sírias chegaram na madruga deste domingo ao centro de Damasco, derrubando o regime liderado pela família Assad há meio século.
A ofensiva rebelde é descrita pelas agências internacionais como relâmpago, levando milhares de pessoas às ruas para celebrar o fim da ditadura de 50 anos.
A televisão estatal síria transmitiu uma declaração em vídeo de um grupo de homens indicando que o ex-presidente Bashar al-Assad tinha sido derrubado e que todos os prisioneiros políticos tinham sido libertados.
A declaração foi transmitida horas depois de o líder da oposição síria ter anunciado que Assad tinha deixado o país para um local desconhecido, fugindo à frente dos rebeldes que disseram ter entrado em Damasco após um avanço rápido em todo o país.
Ao final do dia, a agência estatal russa avançou que Bashar al-Assad e a família terão chegado a Moscovo. A Rússia terá dado asilo ao ex-líder por razões "humanitárias", indicando que este deixou o cargo e ordenou uma "transição pacífica" de poder no país.
Celebrações na capital
Ao nascer do dia em Damasco, milhares de pessoas juntaram-se para rezar nas mesquitas da cidade e para celebrar nas praças, gritando "Deus é grande". Os manifestantes encheram a Praça Umayyad, no centro da cidade, onde se situa o Ministério da Defesa. Foram disparados tiros de comemoração para o ar e alguns agitaram a bandeira síria de três estrelas, anterior ao governo Assad e adotada pelos revolucionários.
O primeiro-ministro sírio, Mohammed Ghazi Jalali, afirmou numa declaração em vídeo que o governo estava pronto a "estender a mão" à oposição e a fazer uma passagem de poder para um governo de transição.
Rami Abdurrahman, do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, disse à Associated Press que Bashar al-Assad apanhou um voo no domingo de Damasco.
Assad foi acusado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante a guerra, incluindo um ataque com armas químicas em 2013 nos arredores da capital.
O Irão, que tem sido o maior apoiante de Assad, não fez qualquer comentário imediato. A embaixada iraniana em Damasco foi saqueada depois de ter aparentemente abandonada. As imagens da AP mostram janelas partidas e documentos espalhados à entrada.
*Com agências