Notícia
Covid-19 leva indústria da China a atingir mínimo histórico em fevereiro
Os PMIs dos países asiáticos registaram fortes quedas em fevereiro por causa do coronavírus. O PIB chinês poderá contrair 2,5% no primeiro trimestre, em termos homólogos.
02 de Março de 2020 às 07:53
As fábricas asiáticas, em particular as chinesas, levaram um choque em fevereiro por causa da (quase) paralisação da economia provocada pelo surto do coronavírus Covid-19. O PMI chinês, que mede o pulso da indústria transformadora, caiu para os 40,3 pontos, o valor mais baixo desde que começou a ser estimado pela IHS Markit em 2004.
Esta redução foi superior à esperada por alguns economistas, o que agrava as perspetivas para a evolução da economia chinesa no primeiro trimestre deste ano. De acordo com os economistas do Nomura, o PIB chinês deverá encolher 2,5% entre janeiro e março de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Porém, o economista da Bloomberg responsável pelo mercado asiático, Chang Shu, antecipa que o PMI recupere nos próximos meses. Ainda assim, a pressão deverá continuar durante "algum tempo", sendo esperadas medidas por parte do Governo e dos banco central para contrariar a desaceleração da economia. Na semana passada, a economia chinesa utilizou entre 60 a 70% da sua capacidade, mais do que os 50% registados há duas semanas.
Este é o exemplo mais significativo da forte queda da produção industrial na Ásia, mas há mais exemplos. É o caso da Coreia do Sul onde o PMI caiu para um mínimo de quatro meses. No Japão, o índice caiu para um mínimo de maio de 2015. Em Taiwan, o PMI ficou abaixo dos 50 pontos, o limiar entre a expansão e a contração.
Em países como a Tailândia, Malásia ou Vietname a tendência é semelhante, com este último a registar o pior PMI em seis anos. Na Índia, o PMI tinha atingido recentemente um máximo de quase oito anos, tendo descido desse nível. A exceção entre este pessimismo foi a Indonésia onde o PMI aumentou para os 51,9 pontos em fevereiro, a primeira subida desde julho.
Estes dados avançados sobre o andamento da economia no mês passado mostram como o vírus está a espalhar-se pela região, criando disrupções nas cadeias de valor globais e encolhendo a procura por bens e serviços, principalmente na área do turismo. Em vários destes países existem restrições à mobilidade, há escolas com as aulas suspensas e várias empresas pararam a produção.
Esta redução foi superior à esperada por alguns economistas, o que agrava as perspetivas para a evolução da economia chinesa no primeiro trimestre deste ano. De acordo com os economistas do Nomura, o PIB chinês deverá encolher 2,5% entre janeiro e março de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Este é o exemplo mais significativo da forte queda da produção industrial na Ásia, mas há mais exemplos. É o caso da Coreia do Sul onde o PMI caiu para um mínimo de quatro meses. No Japão, o índice caiu para um mínimo de maio de 2015. Em Taiwan, o PMI ficou abaixo dos 50 pontos, o limiar entre a expansão e a contração.
Em países como a Tailândia, Malásia ou Vietname a tendência é semelhante, com este último a registar o pior PMI em seis anos. Na Índia, o PMI tinha atingido recentemente um máximo de quase oito anos, tendo descido desse nível. A exceção entre este pessimismo foi a Indonésia onde o PMI aumentou para os 51,9 pontos em fevereiro, a primeira subida desde julho.
Estes dados avançados sobre o andamento da economia no mês passado mostram como o vírus está a espalhar-se pela região, criando disrupções nas cadeias de valor globais e encolhendo a procura por bens e serviços, principalmente na área do turismo. Em vários destes países existem restrições à mobilidade, há escolas com as aulas suspensas e várias empresas pararam a produção.