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Bloomberg Economics: "Custo" do Covid-19 pode ir até aos 2,7 biliões de dólares
Os economistas da Bloombergs Economics desenharam quatro cenários para o potencial impacto económico do coronavírus Covid-19. No pior cenário, o "custo" poderá ir até aos 2,7 biliões de dólares.
Com base num modelo económico próprio e tendo como ponto de partida o que está a acontecer na economia chinesa, a Bloombergs Economics traçou quatro possíveis cenários para o efeito do coronavírus na economia mundial. O modelo assume que o principal impacto virá pela mudança de comportamento das pessoas para conter o vírus que irá levar a uma queda do consumo, ou seja, da procura.
Além da menor procura por parte dos consumidores chineses (e de outros países mais afetados), a economia mundial terá também de lidar com "disrupções significativas", principalmente nos setores da indústria transformadora que estejam mais expostos à China, como é o caso de países como o Vietname e o México.
Em linha com a revisão em baixa das previsões económicas por parte do FMI e da OCDE, também neste exercício as perspetivas são negativas, podendo o impacto estimado ir até aos 2,7 biliões de dólares. No pior cenário, a Zona Euro é a mais afetada. Contudo, é de notar que estas previsões não assumem nenhum estímulo orçamental "substancial". O G7 admitiu esse cenário, mas não se comprometeu com medidas concretas.
Cenário 1: Surto contido
No primeiro cenário, os economistas assumem que o surto apenas causará disrupção severa na China. Outros países sofrem as consequências disso, mas conseguem ultrapassar os obstáculos sem grandes danos. O PIB chinês cresceria 1,2% no primeiro trimestre (6% no 4.º trimestre de 2019), em termos homólogos, conseguindo recuperar no segundo trimestre e crescer 5,2% em 2020. O impacto na economia global é de 187 mil milhões de dólares ou, noutra perspetiva, menos 0,2 pontos percentuais de crescimento económico (passa de 3,1% para 2,9%).
Cenário 2: Surtos isolados
O segundo cenário assume que o surto que começou na China prolonga-se para o segundo trimestre e alastra-se a países como a Coreia do Sul, Itália, Japão, França e Alemanha - estes são os países que têm atualmente mais casos -, onde o impacto é metade do verificado na China. O PIB chinês trava nesse cenário para os 4,4% e a economia mundial cresce 2,3%, o ritmo mais lento desde a crise financeira. Neste cenário, a economia europeia contrai 0,1% em 2020.
Cenário 3: Contágio generalizado
Mais pessimista é o cenário três em que os economistas da Bloomberg assumem que a disrupção nos países com alto risco é igual à verificada na China. Além disso, admitem que o Covid-19 afete de forma generalizada todos os países que já reportaram casos. O choque económico é tão amplo que o PIB da Zona Euro encolhe 1,8% em 2020, a maior contração desde 2009 (crise financeira), e a economia norte-americana apenas cresce 0,5%. O "custo" mundial é de 1,75 biliões de dólares.
Cenário 4: Pandemia global severa
O quarto cenário assume a situação mais negra para a saúde pública e para a economia mundial. Com uma pandemia global severa, os economistas da Bloomberg assumem que o PIB vai contrair em todas as economias no primeiro trimestre. Mesmo que a economia recupere até ao quarto trimestre, o "custo" estimado será de 2,68 biliões de dólares e o crescimento mundial de apenas 0,1%. O PIB da Zona Euro encolheria 3%, o dos EUA 0,6% e o do Japão 2,4%.
Além da menor procura por parte dos consumidores chineses (e de outros países mais afetados), a economia mundial terá também de lidar com "disrupções significativas", principalmente nos setores da indústria transformadora que estejam mais expostos à China, como é o caso de países como o Vietname e o México.
Cenário 1: Surto contido
No primeiro cenário, os economistas assumem que o surto apenas causará disrupção severa na China. Outros países sofrem as consequências disso, mas conseguem ultrapassar os obstáculos sem grandes danos. O PIB chinês cresceria 1,2% no primeiro trimestre (6% no 4.º trimestre de 2019), em termos homólogos, conseguindo recuperar no segundo trimestre e crescer 5,2% em 2020. O impacto na economia global é de 187 mil milhões de dólares ou, noutra perspetiva, menos 0,2 pontos percentuais de crescimento económico (passa de 3,1% para 2,9%).
Cenário 2: Surtos isolados
O segundo cenário assume que o surto que começou na China prolonga-se para o segundo trimestre e alastra-se a países como a Coreia do Sul, Itália, Japão, França e Alemanha - estes são os países que têm atualmente mais casos -, onde o impacto é metade do verificado na China. O PIB chinês trava nesse cenário para os 4,4% e a economia mundial cresce 2,3%, o ritmo mais lento desde a crise financeira. Neste cenário, a economia europeia contrai 0,1% em 2020.
Cenário 3: Contágio generalizado
Mais pessimista é o cenário três em que os economistas da Bloomberg assumem que a disrupção nos países com alto risco é igual à verificada na China. Além disso, admitem que o Covid-19 afete de forma generalizada todos os países que já reportaram casos. O choque económico é tão amplo que o PIB da Zona Euro encolhe 1,8% em 2020, a maior contração desde 2009 (crise financeira), e a economia norte-americana apenas cresce 0,5%. O "custo" mundial é de 1,75 biliões de dólares.
Cenário 4: Pandemia global severa
O quarto cenário assume a situação mais negra para a saúde pública e para a economia mundial. Com uma pandemia global severa, os economistas da Bloomberg assumem que o PIB vai contrair em todas as economias no primeiro trimestre. Mesmo que a economia recupere até ao quarto trimestre, o "custo" estimado será de 2,68 biliões de dólares e o crescimento mundial de apenas 0,1%. O PIB da Zona Euro encolheria 3%, o dos EUA 0,6% e o do Japão 2,4%.