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Centeno: Zona Euro pronta para agir se efeito do coronavírus não for temporário

O presidente do Eurogrupo assinalou que a economia europeia já "provou nos últimos anos ser bastante resiliente a uma série de riscos e incertezas".

Num último esforço para avançar com algumas medidas de aprofundamento da União Económica e Monetária, Mário Centeno dividiu-se em negociações durante 19 horas seguidas na reunião do Eurogrupo de 3 de dezembro. No dia seguinte anuncia-se um acordo, mas o próprio presidente admite que é 'insuficiente'.
28 de Fevereiro de 2020 às 14:14
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O presidente do Eurogrupo acredita que o efeito económico da propagação do coronavírus poder ser apenas temporário, mas se o dano se verificar mais prolongado do que o previsto, então a Zona Euro terá de agir de forma coordenada e está preparada para tal.

 

A propagação do coronavírus "representa um novo risco e obviamente um risco negativo para as nossas economias", disse Mário Centeno em entrevista à Reuters, acrescentando que para já parece que o efeito "será temporário, mas haverá impacto, e … necessitamos de coordenar as nossas ações no caso de se tornar um cenário mais global".

      

"Estamos prontos para agir se este não for um episódio apenas temporário", afirmou o presidente do Eurogrupo à agência de notícias. "É para isso que servem as regras, para serem adaptadas neste tipo de eventos, especialmente quando são negativos e impacto os cidadãos de forma direta", acrescentou.    

 

Centeno reforçou que a prioridade deve ser tratar das pessoas que estão a ser a afetadas de forma direta pela epidemia e travar a propagação do coronavírus, mas os ministros das finanças do euro estão em contacto permanente para medir o impacto económico. Mesmo que a primeira resposta tenha que ser dada a nível nacional, a chave passa pela coordenação entre os países da Zona Euro e os setores mais afetados pela epidemia, como o turismo, poderão ser os primeiros a receber ajuda.

 

O presidente do Eurogrupo reiterou por diversas vezes na entrevista à Reuters que "temos de estar prontos para agir", mas também assinalou que a economia europeia já "provou nos últimos anos ser bastante resiliente a uma série de riscos e incertezas".

 

O número de mortos na China continental devido ao coronavírus Covid-19 subiu hoje em 44, para 2.788, com o país a registar 433 novos casos de infeção, fixando o total em 78.824.

 

O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios. Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

 

Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

 

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão. 

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