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Há 11 príncipes entre os detidos por corrupção na Arábia Saudita. Contas congeladas e aeroporto privado encerrado

As contas bancárias de personalidades sauditas detidas por alegada corrupção, entre as quais se contam 11 príncipes, serão congeladas e objecto de investigação, enquanto os bens passam para o Estado, anunciou este domingo o Ministério da Informação de Riade.

Bloomberg
05 de Novembro de 2017 às 17:30
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"Todos os bens e propriedades ligados a estes casos de corrupção serão registados como propriedade do Estado", escreveu o Ministério na sua conta oficial, na rede social Twitter. Todos os bens "resultantes de corrupção serão restituídos ao Estado", especifica.

 

O Ministério precisou que as transacções e as transferências bancárias "serão interditas" a todas pessoas e instituições abrangidas pelos inquéritos, "qualquer que seja o seu estatuto".

 

Dezenas de príncipes, ministros - actuais e antigos - e homens de negócios foram detidos na Arábia Saudita durante uma operação anticorrupção, na noite de sábado.

 

Entre as dezenas de detidos está o príncipe milionário Alwaleed bin Talal (na foto), um dos homens mais ricos do Médio Oriente, detendo investimentos no Twitter, na Apple, no Citigroup, na News Corporation de Rupert Murdoch, na cadeia hoteleira Four Seasons e, mais recentemente, na Lyft.

 

Também é conhecido por ser dos membros da realeza saudita mais frontais, defendendo há muito mais direitos para as mulheres. É também o accionista maioritário do popular Grupo Rotana de canais árabes.

 

A detenção de Alwaleed bin Talal foi avançada por um alto funcionário da King Holding Company, que o príncipe saudita preside, que falou à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) sob condição de anonimato.

 

Segundo a cadeia de televisão Al Arabiya, pelo menos 11 príncipes, quatro ministros e "dezenas" de ex-ministros foram detidos por ordem de um comité anticorrupção criado horas antes pelo rei Salman bin Abdulaziz.

 

O comité anticorrupção é dirigido pelo príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, e tem como missão investigar casos de corrupção detectados no reino, segundo informou ainda antes da notícia das detenções a agência oficial SPA.

 

O novo organismo tem o poder de emitir ordens de detenção e de proibição de viajar para o estrangeiro, além de poder congelar bens dos investigados e adoptar outras medidas preventivas ainda antes de os casos chegarem a tribunal.

 

Ao mesmo tempo que criava o novo comité anticorrupção, o rei Salman anunciava alterações significativas nas autoridades do reino: destituiu o responsável da Guarda Nacional, o comandante da Armada e o ministro da Economia.

Aeroporto privado encerrado por receios de fuga

 

O aeroporto privado de Riade foi entretanto encerrado para evitar que sejam usados jactos privados para ajudar nalguma fuga, afirmaram ao Financial Times algumas fontes envolvidas no processo.

Estas detenções foram avançadas ontem pelo canal saudita Al Arabiya, horas depois de o rei Salman ter ordenado a criação de uma nova comissão anticorrupção e ter nomeado o seu filho Mohammed bin Salman, com 32 anos, para a liderar.




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