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Citigroup e UBS entre os bancos com maior exposição à Arábia Saudita

De acordo com a Bloomberg, os dois bancos estão entre os que gerem uma maior percentagem dos activos dos magnatas sauditas.

Foi um dos segredos divulgados esta semana. Os EUA, ao abrigo da Lei de Liberdade de Informação, revelaram o montante investido pela Arábia Saudita em obrigações do Tesouro dos EUA. Riade tinha 116,8 mil milhões de dólares aplicados no final de Março, mais 14 mil milhões que no mesmo mês de 2015. Apesar de estar entre os maiores credores, o valor ficou abaixo do que muitos estimavam.
14 de Novembro de 2017 às 13:25
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O Citigroup e o UBS estão entre os bancos internacionais que gerem a maior percentagem dos activos dos magnatas sauditas, muitos dos quais estão a ser investigados por alegada corrupção, numa purga iniciada no início deste mês pelo príncipe herdeiro Mohamed bin Salman.

De acordo com a Bloomberg, entre os clientes do Citigroup estão o príncipe Alwaleed bin Talal, o 58.º homem mais rico do mundo, e Khalid al-Tuwaijri, dois dos detidos no âmbito das investigações.

Citando fontes não identificadas, a agência noticiosa avança ainda que o JPMorgan e o Credit Suisse também têm activos sob gestão de milhares de milhões de dólares pertencentes a alguns dos homens mais ricos da Arábia Saudita.

Segundo as mesmas fontes, ainda não são claras as implicações que a investigação terá para os bancos e para as suas operações no reino.

O regulador financeiro da Suíça, Finma, já confirmou estar em contacto com alguns bancos suíços sobre os seus negócios com clientes da Arábia Saudita. A Finma "está a acompanhar os desenvolvimentos económicos e políticos globais para avaliar o que significariam para os bancos supervisionados", disse um porta-voz, recusando-se a tecer comentários sobre empresas individuais.

Os bancos privados geralmente não divulgam os montantes que gerem para clientes individuais, ao mesmo tempo que a maioria dos activos dos magnatas da Arábia Saudita são mantidos em contas offshore, dificultando a quantificação do total sob gestão.

 

A série de detenções desencadeadas pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman implicou três das pessoas mais ricas do reino com activos combinados no valor de 31 mil milhões de dólares, de acordo com o índice de bilionários da Bloomberg.

Além de Alwaleed, foram também detidos os bilionários Mohammed Al Amoudi, que controla investimentos em África, na Europa e na Arábia Saudita, e Saleh Kamel, que actua na banca islâmica, retalho alimentar e no sector imobiliário.

O procurador-geral saudita informou, na semana passada, que mais de 200 pessoas foram detidas no âmbito desta operação anticorrupção, precisando que os valores envolvidos em operações indevidas ao longo de várias décadas atingem os 100 mil milhões de dólares (cerca de 86,1 mil milhões de euros).

 

"A escala potencial das práticas de corrupção descobertas é muito grande", afirmou, acrescentando que as investigações sobre os últimos três anos permitem estimar em mais de 100 mil milhões de dólares o valor movimentado ilegitimamente nas últimas décadas.

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