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Bolsas do Golfo Pérsico perdem 7 mil milhões com purga na Arábia Saudita

A prisão de vários príncipes e milionários da Arábia Saudita gerou receios sobre quem será o próximo alvo da purga que está a ser conduzida pelo príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman.

Bloomberg
08 de Novembro de 2017 às 10:28
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As medidas de combate à corrupção na Arábia Saudita, que levaram à detenção de vários altos responsáveis do país, bem como o agravar do conflito com o Irão, provocaram uma fuga de investidores das bolsas do Golfo Pérsico.

 

De acordo com as contas da Bloomberg, em apenas três sessões a desvalorização dos activos cotados nas seis bolsas da região totaliza já 6,8 mil milhões de dólares. As empresas cotadas estão agora avaliadas num total de 910,7 mil milhões de dólares, o valor mais baixo num ano.

 

A prisão de vários príncipes e milionários da Arábia Saudita gerou receios sobre quem será o próximo alvo da purga que está a ser conduzida pelo príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman.

 

Entre as várias bolsas da região, a do Koweit foi a mais penalizada, com a capitalização bolsista a ceder 3,37 mil milhões de dólares. Em sentido inverso, as acções cotadas na Arábia Saudita aumentaram de valor (1,96 mil milhões de dólares), o que para especialistas consultados para Bloomberg representa um claro sinal que são as entidades de capitais públicos que estão a investir no mercado para contrariar os efeitos da purga.

 

A agravar a tensão na região, a Arábia Saudita alertou hoje o Irão de que não tolerará qualquer violação da sua segurança nacional, após uma troca de acusações entre os dois países devido ao conflito no Iémen.

 

"As ingerências iranianas na região têm impacto na segurança dos países vizinhos e afectam a segurança e a paz no mundo", disse o chefe da diplomacia saudita, Adel al-Jubeir, citado pela Lusa.

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