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Rússia manda fechar escola anglo-americana após sanções dos EUA

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na quinta-feira sanções contra a Rússia após a sua ingerência nas eleições presidenciais norte-americanas.

Vladimir Putin: É um aliado de conveniência da Europa contra o autoproclamado Estado Islâmico, mas mantém o seu apoio a Bashar al-Assad.
30 de Dezembro de 2016 às 07:34
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O Governo russo ordenou na quinta-feira, 29 de Dezembro, o encerramento de uma escola anglo-americana em Moscovo em resposta às sanções anunciadas pelos Estados Unidos, segundo um alto responsável norte-americano citado pela CNN.

 

Além do fecho da escola, o Governo russo ordenou o encerramento do acesso que conduz à casa de férias da embaixada dos Estados Unidos na Rússia, no parque de Serebryanyy Bor, perto de Moscovo, informou o mesmo canal de televisão norte-americano.

 

Questionado pela agência de notícias Efe, um porta-voz do Departamento de Estado garantiu "ter visto informações na imprensa", mas "não ter mais nada a acrescentar" sobre o assunto.

 

Na página na Internet da escola anglo-americana de Moscovo não existe qualquer declaração sobre uma eventual ordem do Executivo russo para encerrar portas.

 

Entre os alunos da escola estão os filhos de diplomatas norte-americanos, britânicos e canadianos, que têm prioridade na admissão.

 

A instituição de ensino tem sede no noroeste de Moscovo, mas tem outro 'campus' na cidade de São Petersburgo, de acordo com o seu portal electrónico.

 

Em declarações à imprensa, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reserva no direito de responder às decisões norte-americanas com medidas que respeitarão o princípio de "reciprocidade".

 

O mesmo responsável indicou que o Presidente russo não vai apressar a adoção de medidas de resposta, mas fez saber que estas causarão "graves inconvenientes" aos Estados Unidos.

 

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na quinta-feira sanções contra a Rússia após a sua ingerência nas eleições presidenciais norte-americanas.

 

Entre as medidas anunciadas, há sanções contra as agências de serviços de informações russas FSB e GRU; a classificação de 35 agentes russos como 'persona non grata', que têm agora 72 horas para abandonar o país; e o encerramento de dois edifícios em Nova Iorque e Maryland que os Estados Unidos dizem serem utilizadas para "objectivos relacionados com os serviços secretos".

 

Obama fez tudo menos acusar directamente o Presidente russo, Vladimir Putin, de ter pessoalmente ordenado o ataque informático que muitos democratas pensam ter destruído as hipóteses de Hillary Clinton de vencer as renhidas presidenciais de 8 de Novembro que disputou com o republicano Donald Trump.

 

Os serviços secretos norte-americanos concluíram que o acesso a e-mails do Partido Democrata e da campanha de Hillary e a respectiva divulgação foram levados a cabo para pôr Trump -- um 'outsider' da política que elogiou Putin -- na Sala Oval.

 

Estas sanções são as mais duras adoptadas por Obama durante os seus oito anos de Governo.

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