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Roubini acredita que Trump não tem motivos “para preferir o populismo à segurança”

O economista acredita que a a decisão de Donald Trump de concorrer como populista foi uma "táctica" e que o empresário vai revelar-se mais pragmático e centrista quando estiver na Casa Branca.

14 de Novembro de 2016 às 11:54
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O economista Nouriel Roubini acredita que, uma vez no cargo, Donald Trump vai seguir um caminho mais "pragmático e centrista" abandonando a abordagem radical que defendeu durante a sua campanha para as presidenciais norte-americanas.

 

No artigo "Domar Trump", publicado no Project Syndicate, o professor de Economia sublinha que "é mais provável que Trump siga políticas pragmáticas e centristas" porque, "para começar, é um empresário que aprecia a arte do negócio" e, por isso, "é mais um pragmático do que um ideólogo".

 

"A sua decisão de concorrer como populista foi uma táctica e não reflecte necessariamente crenças arraigadas", acrescenta Roubini.

 

O economista antecipa que o republicano "irá lançar carne simbólica aos seus apoiantes", ao mesmo tempo que reverte para as políticas económicas que o partido tem favorecido durante décadas.

  

"Os republicanos tradicionais e os líderes empresariais que Trump deverá nomear moldarão as suas políticas", avança o economista. "O poder executivo adere a um processo de tomada de decisão no qual os departamentos e agências relevantes determinam os riscos e recompensas de determinados cenários e, em seguida, fornecem ao presidente um menu limitado de opções de políticas".

 

E, dada a inexperiência de Trump, "ele será ainda mais dependente dos seus conselheiros, assim como aconteceu com os ex-presidentes Ronald Reagan e George W. Bush", acrescenta.

 

Por outro lado, o presidente eleito também será empurrado para o centro pelo Congresso, com o qual terá de trabalhar para aprovar legislação. "Trump também será controlado pela separação de poderes do sistema político americano, agências governamentais relativamente independentes, como a Fed, e uma imprensa livre e vibrante", sustenta o também presidente da Roubini Global Economics. 

 

Apesar de considerar que a combinação de políticas seria "ideologicamente inconsistente e moderadamente negativa" para o crescimento, Roubini defende que seria "muito mais aceitável" do que a agenda radical que prometeu aos seus eleitores.

 

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