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Obama: Proposta de Boehner "ainda é desequilibrada"

O presidente norte-americano rejeitou a proposta de orçamento apresentada pelo republicano que lidera a Câmara dos Representantes porque esta assegura as receitas que considera necessárias para atingir o equilíbrio orçamental.

04 de Dezembro de 2012 às 19:48
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Não foi desta que Barack Obama chegou a acordo com John Boehner para evitar o precipício orçamental que se pode abater sobre a maior economia mundo, caso o governo dos EUA não chegue a acordo com a oposição republicana quanto ao orçamento de 2013.

O presidente dos Estados Unidos da América (EUA) disse à estação de televisão da Bloomberg que não concorda com a proposta apresentada pelo republicano John Boehner, que é líder da Camâra dos Representantes.

“Temos potencial para chegar a acordo”, disse Barack Obama na entrevista. “Infelizmente” a proposta de Boehner, “para já, ainda é desequilibrada”, concluiu.

A proposta não assegura o montante de receitas fiscais que permite ao Tesouro norte-americano reduzir a dívida pública em quatro biliões de dólares (3,07 biliões de euros) ao longo dos próximos 10 anos. A quatro semanas do prazo para evitar o “precipício orçamental”, os responsáveis dos dois partidos norte-americanos continuam a considerar inaceitáveis as propostas que lhes são apresentadas pela contraparte.

Em causa está o fim dos créditos fiscais introduzidos por George W. Bush, que poderá desencadear uma subida de impostos e descida da despesa se os dois partidos não chegarem a acordo. As medidas, que serão introduzidas automaticamente no caso das negociações falharem, saldam-se num choque orçamental de 600 mil milhões de dólares, já no exercício que arranca em 2013.

Obama defende uma subida de impostos para as famílias com rendimentos anuais superiores a 250 mil dólares ou indivíduos, sem dependentes, com rendimentos de mais de 200 mil dólares. “Teremos de ver as taxas [marginais de imposto] dos 2% mais ricos subir e não chegaremos a acordo sem isso”, afirmou durante a entrevista.

O Partido Republicano procura uma solução orçamental que não recorra à subida de impostos e propõe cortes de despesa em áreas que a administração Obama não chega a propor. Contudo, Obama dispõe-se a reduzir direitos sociais e reconhece saber que não terá “100%” do que pretende na negociação.

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