Hillary Clinton, ex-secretária de Estado de Barack Obama e candidata presidencial democrata às eleições norte-americanas de Novembro, foi "imprudente e descuidada" quando usou o seu email pessoal para tratar de assuntos classificados de Estado, mas o seu comportamento não justifica a abertura de um inquérito de natureza criminal. A decisão foi nesta terça-feira, 5 de Julho, anunciada pelo director do FBI, James Comey.

Segundo o que afirmou, o FBI pediu a abertura de inquéritos criminais em casos semelhantes em que a acusação tinha evidências de possíveis violações "intencionais" das regras, da transmissão de "grandes quantidades" de dados ou "indicações de deslealdade ou de esforços para obstruir a justiça". "Nós não vemos isso aqui", precisou. 

A polémica em torno de Clinton estalou em Março de 2015, e desde então a oposição tem usado o caso para acusar a candidata democrata de falta de transparência e de contornar a lei. O caso remonta ao tempo em que esta era secretária de Estado de Barack Obama (2009-2013), período em que enviou mensagens por correio electrónico com informação sensível a partir de casa. O Governo norte-americano considera que os registos federais são propriedade do Estado e proíbe o envio de emails através de uma rede insegura, algo que pode colocar em causa a segurança nacional, caso estas missivas sejam interceptadas.

(notícia actualizada às 17h00)