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Gestores do Goldman Sachs proibidos de financiar Trump

O banco relembrou os seus gestores de topo no início do mês que as regras internas interditam o financiamento de campanhas de candidatos que já desempenhem cargos locais ou estatais, como acontece na campanha de Trump.

Bloomberg
Negócios 07 de Setembro de 2016 às 14:15
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O banco norte-americano de investimento Goldman Sachs proibiu os seus gestores de topo de financiarem, através de doações de dinheiro, a campanha do candidato republicano às presidenciais norte-americanas, Donald Trump.


De acordo com o site da revista Politico, que cita um comunicado interno da instituição emitido na semana passada, a partir de 1 de Setembro todos os "partners" da empresa estão proibidos de se envolverem em actividades políticas ou fazerem contribuições para campanhas ou candidatos que concorram a cargos estatais ou locais ou responsáveis estatais ou locais que concorram a um cargo federal.


O objectivo, justifica o banco, é minimizar potenciais danos de reputação – sobretudo junto de dirigentes publicamente reconhecidos - e evitar violações inadvertidas das regras internas que pretendem impedir a concessão de apoio financeiro a actuais ou potenciais decisores políticos em troca de favorecimento na obtenção de contratos chorudos.


"As penalizações por incumprimento com estas regras são severas e incluem multas e o afastamento da empresa de negócios com clientes governamentais por um período de pelo menos dois anos", recorda o banco, que acrescenta ainda que o não cumprimento pelos funcionários poderá resultar em "processo disciplinar."


Segundo a CNBC, que cita o Politico, a nota não refere em nenhum ponto o nome de Trump. Contudo, a revista Fortune diz estar na posse de uma cópia do e-mail original, onde o binómio Trump/Pence é apresentado como exemplo de campanha a não apoiar. "(…) por exemplo, um governador que se candidata a presidente ou vice-presidente, como no caso da candidatura Trump/Pence, ou presidente da câmara que concorra ao Congresso", lê-se na citação. Mike Pence, o candidato a vice-presidente de Trump, é actualmente o governador do Indiana.


Já a equipa concorrente – os democratas Hillary Clinton e Tim Kaine – não estarão cobertos pelas regras, uma vez que, actualmente, não desempenham cargos considerados críticos. Hillary Clinton não tem neste momento função política nas estruturas estatais, locais ou federais e Tim Kaine, mesmo sendo senador, não está coberto pelas regras, uma vez que não é considerado um dirigente local. Porém, o financiamento do Partido Democrata na Virginia (Estado de onde é oriundo Kaine) está interdito.

Há quatro anos, segundo a Fortune, o banco teve de pagar 12 milhões de dólares (10,66 milhões de euros à cotação actual) para resolver em tribunal um caso de um funcionário em Boston que alegadamente teria beneficiado com um contrato público pelo facto de ter recolhido fundos para um então candidato a governador no Estado do Massachusetts.

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