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Geithner: "Sem aumento de impostos para os mais ricos não haverá acordo com republicanos"

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou hoje que se os republicanos não aceitarem uma subida de impostos para os rendimentos mais altos "não haverá acordo" para evitar o temido "precipício fiscal".

02 de Dezembro de 2012 às 17:14
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"Não haverá acordo se os impostos dos ricos não aumentarem", sublinhou Timothy Geithner numa entrevista ao programa 'State of the Union' da CNN.

O secretário do Tesouro, que vai abandonar o cargo a 20 de Janeiro, altura em que termina o primeiro mandato de Barack Obama, adiantou que "a bola está agora no campo dos republicanos", porque, na sua opinião, devem apresentar um plano alternativo ao apresentado pelos democratas.

"Se (os republicanos) querem forçar um aumento de impostos para todos os norte-americanos porque não desejam que os mais ricos paguem mais 2%, essa será a sua escolha", comentou.

Timothy Geithner, que lidera a equipa encarregada pelo presidente Barack Obama para negociar um acordo com os republicanos, visitou esta semana o Congresso para reunir-se com os representantes republicanos e democratas e oferecer uma primeira proposta.

O plano de Geithner inclui um aumento de 1,6 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) em receitas anuais através do aumento de impostos durante a próxima década.

Aliado a esta subida de impostos está também um plano de investimentos e estímulo à economia de 50 mil milhões de dólares (38,5 mil milhões de euros) e uma reforma parcial dos programas de segurança social.

A proposta presidencial foi imediatamente recusada pelos republicanos ao considerá-la "pouco séria", com o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, que lidera as negociações por parte dos republicanos, a qualificá-la hoje como "sem sentido".

Caso não se alcance um acordo até final de Dezembro, entrará em Janeiro uma abrupta combinação de corte nas despesas do Estado e um aumento de impostos conhecido como "precipício fiscal" à volta de 500 mil milhões de dólares.

O centro do desacordo está numa taxação superior para contribuintes com rendimentos superiores a 250.000 dólares (192 mil euros) anuais, uma condição fundamental para que Barack Obama chegue a acordo.

"Acredito que vamos alcançar um acordo porque há demasiadas coisas em jogo, não só para economia dos Estados Unidos, mas também para a economia mundial", afirmou.

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