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“Eu não vou cair”, garante Dilma Rousseff
A renúncia não é uma hipótese, garantiu a presidente brasileira, que enfrenta o “auge da pior crise dos seus quatro anos de meio de Governo”, escreve o Folha de S. Paulo, a quem Dilma concedeu uma entrevista.
Descartando a hipótese de uma renúncia ao cargo, a presidente do Brasil garantiu que a oposição não tem argumentos para a fazer abandonar o Palácio do Planalto, sede do poder executivo federal e o local onde está o gabinete presidencial brasileiro.
"Não tem base para eu cair", garantiu Dilma Rousseff na entrevista dada esta segunda-feira, 6 de Julho, à Folha de S. Paulo, desafiando a oposição "a tentar" e afirmando que o cerco político não a "atemoriza".
"Eu não sou culpada. Se tivesse culpa no cartório, me sentiria muito mal. Eu não tenho nenhuma. Nem do ponto de vista moral, nem do ponto de vista político", respondeu a presidente do Brasil quando questionada sobre uma eventual renúncia ao cargo.
"Óbvio que não [tenho nada haver com o caso Petrobrás]", disse também Dilma, em referência ao esquema de lavagem de dinheiro e desvio de fundos da empresa petrolífera, que conduziu à detenção de executivos de duas das maiores construtoras brasileiras, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, entre eles os respectivos presidentes, Marcelo Odebrecht e Otávio de Azevedo.
Estão em causa neste caso subornos das construtoras a funcionários da Petrobrás para obter a licitação em obras da empresa. Subornos esses depois canalizados, em parte, para financiar partidos políticos, explica o Diário de Notícias, que a 22 de Junho escrevia sobre o impacto deste caso não só em Dilma, como no ex-presidente Lula da Silva.
"Não é necessário apenas querer, é necessário provar", disse ainda Dilma, em referência àqueles que apostam que não irá terminar o seu mandato. "Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real".
"As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou", concluiu Dilma.