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Dilma Rousseff: "Vamos brigar depois"

Na primeira aparição após as enormes manifestações de domingo, Dilma Rousseff falou da crise política e económica e apelou à união nacional: "Vamos brigar depois. Agora vamos fazer pelo bem do Brasil tudo aquilo que tem que ser feito pelo bem do Brasil"

Reuters
17 de Março de 2015 às 08:03
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Na primeira conferência de imprensa após os protestos de domingo, a Presidente da República repetiu as palavras que tinham sido dito horas antes pelos seus ministros: "diálogo" e "humildade" e fez um apelo: "Vamos brigar depois. Agora vamos fazer pelo bem do Brasil tudo aquilo que tem que ser feito pelo bem do Brasil".

 

Sobres os protestos de domingo, que segundo os meios de comunicação social brasileiros juntaram cerca de 1,8 milhões de pessoas nas ruas de várias cidades do país, a Presidente afirmou que as "manifestações são um direito democrático", mas alertou, segundo a revista Veja, que é preciso evitar a desestabilização das instituições: "Tem regras do jogo e elas têm que ser seguidas. Se você destabiliza um país sempre que lhe interessa, uma hora essa instabilidade passa a ser algo que ameaça a todos. A escalada é a pior situação que tem".

 

Quando questionada sobre a crise económica que o país atravessa, Dilma admitiu que o seu Governo errou mas garantiu que fez tudo "para a economia reagir. "É possível que a gente possa ter até cometido algum [erro]. Agora, qual foi o erro de dosagem que nós cometemos? Nós gostaríamos muito que houvesse uma melhoria económica de emprego e de rendimento. Tem gente que acha que a gente devia ter deixado algumas empresas quebrarem e muitos trabalhadores se desempregarem. Eu tendo a achar que isso era um custo muito grande para o país. Agora que é possível discutir se podia ser um pouco mais, um pouco menos, é possível discutir", disse Dilma Rousseff citada pelo revista brasileira Veja. 

 

Antes da conferência de imprensa, Dilma Rousseff esteve reunido com o seu núclei duro político no Palácio do Planalto. Dessa reunião saiu uma mensagem clara de "diálogo" e "humildade" e a promessa de responder ao "clamor das ruas". "O governo assume como postura central o diálogo com todas as suas forças sociais. Pouco importa se são forças que estão com o governo ou se são contrárias a ele. o governo quer dialogar com todos", afirmou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, citado pela Folha de São Paulo.    

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