A manifestação foi convocada por movimentos de direita, que vão desde os liberais à extrema-direita e expressam o crescente sentimento de desagrado face a Dilma Roussef, a braços com um escândalo de corrupção envolvendo a petrolífera Petrobras, uma economia em franca desaceleração e uma quebra abrupta nos níveis de popularidade.

Da massa humana sobressaíam as cores verde e amarelo da bandeira brasileira, com muitas palavras de ordem nacionalistas e contra o Partido dos Trabalhadores no poder, entoadas por manifestantes, na sua maioria, brancos e de classe média.

A palavra mais repetida nos últimos dias é impeachment (impugnação do mandato da presidente do Brasil). Porém, não só a sua utilização é duvidosa nas actuais circunstâncias, como vários líderes da oposição, que apoiam os protestos, têm feito de questão de se afastar dessa reivindicação. É o caso de Aécio Neves, principal opositor nas eleições de 2014, de Marina Silva, que também defrontou Dilma nas últimas eleições e do ex-Presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso. Alguns movimentos, próximos da extrema-direita, defendem mesmo um golpe militar.