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UE e EUA condenam homicídio de autarca no norte de Moçambique
A delegação da União Europeia em Moçambique e a Embaixada dos Estados Unidos da América no país condenaram o homicídio do presidente do Conselho Municipal de Nampula, morto com três tiros à queima-roupa na quarta-feira.
A representação da UE, em acordo com os seus chefes de missão, "condena o assassinato de Mahamudo Amurane, o empenhado edil de Nampula", lê-se numa nota distribuída ao princípio da noite em Maputo.
"A UE junta a sua voz aos que estão firmemente empenhados na paz e no Estado de direito em Moçambique", conclui.
Num outro comunicado, a Embaixada dos Estados Unidos "condena, nos termos mais fortes possíveis, os responsáveis por esse ato brutal e detestável e espera que uma investigação rápida e completa deste crime leve os seus autores à justiça".
A representação diplomática diz ter tido "o privilégio de ter uma forte relação de trabalho com o presidente Amurane", manifestando "um grande apreço pela sua liderança" nos projectos conjuntos, bem como pela sua "paixão por melhorar a vida dos seus concidadãos em Nampula". "O seu assassinato é uma perda para todos nós", sublinha a embaixada norte-americana.
As expressões de pesar juntam-se a outras divulgadas ao longo do dia, tais como do Presidente da República, Filipe Nyusi, e dos partidos com assento parlamentar - Frelimo, Renamo e Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a cuja comissão política Amurane pertencia, apesar das divergências com o partido.
Mahamudo Amurane foi baleado por um homem desconhecido, que continua a monte, que se dirigiu a ele e disparou três tiros, quando o autarca se encontrava na farmácia que geria, no rés-do-chão da sua habitação, em Nampula, pouco antes das 19:00 de quarta-feira. De acordo com a Polícia de Moçambique, não há indícios sobre as motivações do crime.