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Confrontos no Egipto provocam 343 mortos

Pelo menos 343 pessoas morreram em resultado dos confrontos no Egipto após a acção policial contra os apoiantes do Presidente deposto Mohamed Morsi, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Saúde do país.

Reuters
15 de Agosto de 2013 às 10:57
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Segundo o novo balanço do ministério, perderam a vida pelo menos 300 civis, a que se somam as mortes de 43 polícias.

 

Na noite de quarta-feira, tinha sido divulgado o registo de quase 280 mortos, incluindo os agentes policiais, e dois mil feridos.

 

As forças de segurança invadiram na quarta-feira os acampamentos de protesto dos apoiantes do Presidente Morsi.

 

Em resposta à violência, o Governo interino impôs o estado de emergência e recolher obrigatório durante um mês no Cairo e noutras 13 províncias.

 

A onda de violência precipitou a saída do vice-presidente Mohamed El-Baradei, que afirmou que a sua consciência estava perturbada com a perda de vidas, principalmente por acreditar que todas aquelas mortes poderiam ter sido evitadas.

 

Já na quarta-feira à noite, um membro das forças de segurança garantiu que a praça Rabaa al-Adawiya, no Cairo, estava "totalmente sob controlo" e que já não se registavam mais confrontos. As autoridades afirmaram depois que a calma tinha regressado um pouco por todo o país.

 

Em resposta à violência, o Governo interino impôs o estado de emergência e recolher obrigatório durante um mês no Cairo e outras 13 províncias.

 

O estado de emergência começou às 16h00 (15h00 em Lisboa), resultando num recolher obrigatório de onze horas diárias que começa às 19h00.

 

Imagens e vídeos do derramamento de sangue no Cairo dominaram os meios de comunicação e as redes sociais, ao mesmo tempo que as potências mundiais pediam contenção e condenavam a demonstração de força por parte das forças de segurança.

 

Pelo menos quatro igrejas foram atacadas, tendo os activistas cristãos acusados os apoiantes de Morsi de levarem a cabo uma "guerra de retaliação contra os coptas no Egipto".

 

Horas depois dos primeiros disparos de gás pimenta terem chovido nas tendas dos protestantes na praça Rabaa al-Adawiya, um correspondente da France Presse contou pelo menos 124 mortos nas morgues improvisadas.

 

Entre os mortos registados no Cairo está a filha de 17 anos de um líder da Irmandade Muçulmana, afirmou um porta-voz do movimento pró-Morsi.

 

A britânica Sky News anunciou também que um dos seus operadores de câmara, Briton Mick Deane, foi alvejado e morto quando fazia a cobertura dos confrontos.

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