Notícia
Bancos em Moçambique preparam-se para incumprimento financeiro do país
Se Moçambique entrar em incumprimento "as ramificações serão maiores do que as pessoas esperam", avisou a vice-presidente da consultora de risco Teneo Intelligence, Anne Fruhauf.
13 de Janeiro de 2017 às 16:38
As filiais em Moçambique dos maiores bancos a operar em África estão já a preparar-se para eventuais consequências que possam surgir se o Governo decidir não pagar a prestação de Janeiro sobre os títulos de dívida soberana.
De acordo com a ronda de contactos feita pela agência de informação financeira Bloomberg, o Firstrand e o Standard Bank são alguns dos bancos que já estão a tomar medidas para lidar com as consequências do eventual incumprimento financeiro de Moçambique.
O Standard Bank, o maior emprestador do continente africano, disse que está a manter mais reservas que o legalmente exigido "para fazer face a aumentos de levantamentos em períodos de stress", disse o diretor financeiro, Arno Daehnke.
Já o Firstrand, que detém o First National Bank, está a manter o seu capital na subsidiária moçambicana em investimentos de curto prazo e uma pequena porção em activos fixos, e registou um aumento nos depósitos, que ajudou a manter as reservas acima dos 15,5% obrigatórios, disse o director executivo do FNB no país, Johan Maree.
A ronda de contactos que a Bloomberg fez pelos principais bancos africanos a operar em Moçambique surge na semana em que a JP Morgan escreveu uma nota de análise em que considera "altamente improvável" que o Governo pague a prestação de 59,8 milhões de dólares (56,3 milhões de euros) que vence na próxima quarta-feira.
Se Moçambique entrar em incumprimento "as ramificações serão maiores do que as pessoas esperam", avisou a vice-presidente da consultora de risco Teneo Intelligence, Anne Fruhauf.
"Haverá acções de 'rating', a moeda pode sofrer um rombo, e os títulos de dívida vão afundar", disse a analista que segue a economia e o mercado financeiro moçambicano.
Apesar das consequências para o setor financeiro decorrentes de um incumprimento financeiro, o Standard Bank "tem total confiança no regulador local para gerir os riscos sistémicos dos bancos, como foi demonstrado recentemente no caso do Moza Banco", disse o director do Standard Bank em Moçambique.
O Governo de Moçambique anunciou em Outubro a abertura de um processo negocial com os credores para tentar renegociar a dívida pública, e está ao mesmo tempo em negociações com o Fundo Monetário Internacional para o restabelecimento da ajuda técnica e financeira, mas só depois da apresentação pública do relatório de auditoria às dívidas escondidas, que deverá ser conhecido em Fevereiro.
De acordo com a ronda de contactos feita pela agência de informação financeira Bloomberg, o Firstrand e o Standard Bank são alguns dos bancos que já estão a tomar medidas para lidar com as consequências do eventual incumprimento financeiro de Moçambique.
Já o Firstrand, que detém o First National Bank, está a manter o seu capital na subsidiária moçambicana em investimentos de curto prazo e uma pequena porção em activos fixos, e registou um aumento nos depósitos, que ajudou a manter as reservas acima dos 15,5% obrigatórios, disse o director executivo do FNB no país, Johan Maree.
A ronda de contactos que a Bloomberg fez pelos principais bancos africanos a operar em Moçambique surge na semana em que a JP Morgan escreveu uma nota de análise em que considera "altamente improvável" que o Governo pague a prestação de 59,8 milhões de dólares (56,3 milhões de euros) que vence na próxima quarta-feira.
Se Moçambique entrar em incumprimento "as ramificações serão maiores do que as pessoas esperam", avisou a vice-presidente da consultora de risco Teneo Intelligence, Anne Fruhauf.
"Haverá acções de 'rating', a moeda pode sofrer um rombo, e os títulos de dívida vão afundar", disse a analista que segue a economia e o mercado financeiro moçambicano.
Apesar das consequências para o setor financeiro decorrentes de um incumprimento financeiro, o Standard Bank "tem total confiança no regulador local para gerir os riscos sistémicos dos bancos, como foi demonstrado recentemente no caso do Moza Banco", disse o director do Standard Bank em Moçambique.
O Governo de Moçambique anunciou em Outubro a abertura de um processo negocial com os credores para tentar renegociar a dívida pública, e está ao mesmo tempo em negociações com o Fundo Monetário Internacional para o restabelecimento da ajuda técnica e financeira, mas só depois da apresentação pública do relatório de auditoria às dívidas escondidas, que deverá ser conhecido em Fevereiro.