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Obama critica líderes solidários com Mandela mas que reprimem oposição nos seus países
O Presidente norte-americano, Barack Obama, criticou hoje os líderes que se dizem solidários com a luta de Nelson Mandela, mas reprimem a oposição nos seus países, durante as cerimónias fúnebres do considerado herói da paz e do perdão.
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"Há demasiados dirigentes que se dizem solidários com a luta de Nelson Mandela pela liberdade, mas não toleram a oposição do próprio povo", declarou perante vários dignitários estrangeiros, incluindo alguns ditadores, reunidos no estádio Cidade do Futebol, no Soweto.
Quando se dirigia para o palco, onde discursou, Obama cumprimentou, com um aperto de mãos, o líder de Cuba, Raul Castro, num sinal da vontade de se aproximar do regime inimigo dos Estados Unidos, disse à agência noticiosa francesa AFP um responsável norte-americano.
Raul Castro é um dos oradores da cerimónia.
Dezenas de milhares de pessoas estão hoje no estádio Cidade do Futebol, no Soweto, em Joanesburgo, para assistir às cerimónias fúnebres de Nelson Mandela, juntando cidadãos e chefes de Estado, membros da realeza e líderes religiosos.
Mandela morreu na quinta-feira, aos 95 anos.
Depois das cerimónias em Joanesburgo, o corpo de Mandela vai estar exposto durante três dias na capital sul-africana, Pretória.
No domingo, o herói da luta anti-'apartheid' vai ser sepultado nunca campa modesta, em Qunu, terra natal, na província do Cabo Oriental.