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Artigo do Jornal de Angola defende Machete e acusa PGR de agir fora da lei
Um artigo de opinião publicado no Jornal de Angola defende que o ministro Rui Machete "pediu diplomaticamente desculpa pelas patifarias cometidas pelo Ministério Público" e acusa a Procuradora-Geral da República de agir fora da lei.
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"Ao alimentar manchetes e notícias falsas que têm no centro figuras angolanas, o Ministério Público e a procuradora-geral da República (PGR) Joana Vidal puseram-se fora da lei. E deram esse salto arriscado, para atentarem contra a honra e o bom-nome de dois cidadãos que desempenham altas funções no Estado angolano", lê-se no artigo de opinião assinado por Álvaro Domingos.
A polémica que envolve o ministro dos Negócios Estrangeiros começou quando o Diário de Notícias divulgou na sexta-feira que Rui Machete pediu desculpa a Angola por investigações do Ministério Público português a empresários angolanos, o que já levou os partidos da oposição a pedirem a sua demissão.
No artigo de opinião publicado hoje pelo Jornal de Angola, Álvaro Domingos escreve que "é natural que o ministro Rui Machete tivesse vontade de deitar água na fervura", acrescentando que a PGR e a Direcção Central de Investigação e Acção Penal têm de explicar a angolanos e portugueses que "foram os membros do Ministério Público que violaram o segredo de justiça".
"Rui Machete, como jurista que é, pediu diplomaticamente desculpa (não desculpas diplomáticas) pelas patifarias cometidas pelo Ministério Público e órgãos de comunicação social", continua.
Insurgindo-se contra alguma comunicação social portuguesa, o artigo do Jornal de Angola lamenta as críticas feitas ao pedido de desculpas de Rui Machete. "A senhora PGR, toda abespinhada, atirou-se ao ministro Rui Machete (...). Os mais assanhados membros das elites corruptas e caloteiras portuguesas trucidaram o ministro e por tabela lançaram a habitual chuva de calúnias contra os dirigentes angolanos, eleitos democraticamente", refere o autor.
Álvaro Domingos classifica as notícias sobre as investigações a cidadãos angolanos como "um episódio aviltante que devia encher de vergonha o poder judicial em Portugal".