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PJ volta a fazer buscas no INEM

A operação decorre depois de na terça-feira, Luís Cunha Ribeiro, ex-presidente do INEM, ter sido detido por suspeita de corrupção no alegado favorecimento da Octapharma, uma empresa onde trabalhou o antigo primeiro-ministro José Sócrates.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 15 de Dezembro de 2016 às 10:33
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A Polícia Judiciária (PJ) está de novo a realizar buscas junto dos serviços do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). A notícia é avançada pela RTP 3, que refere que as diligências estão relacionadas com suspeitas de favorecimento a uma empresa por parte de um antigo director de serviços.

O Correio da Manhã avança que se trata do ex-responsável do Gabinete de Logística e Operação do instituto e que estarão em causa contratos de material de consumo médico, equipamento e prestação de serviços e que também há residências e sedes de empresas entre os locais alvo de busca.


Este antigo alto quadro do INEM será suspeito de passar informação sobre os concursos e necessidades do instituto, refere o mesmo jornal.

Na terça-feira de manhã, Luís Cunha Ribeiro, antigo presidente do INEM e da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo foi detido pela PJ, sob suspeita de corrupção no caso conhecido por "máfia do sangue".

Cunha Ribeiro fez parte do júri do concurso que em 2000 entregou à farmacêutica Octapharma – onde mais tarde veio a trabalhar José Sócrates – o monopólio da venda do plasma sanguíneo aos hospitais públicos portugueses e, de acordo com o Correio da Manhã, terá passado 16 anos a beneficiar desta e de outras decisões.

A empresa de Lalanda de Castro terá, segundo o mesmo jornal, corrompido o médico com dois apartamentos de luxo, um deles na rua Castilho, em Lisboa – no prédio onde também viveu o ex-primeiro-ministro – e o outro na Alameda Eça de Queirós, no Porto. 

As duas casas eram propriedade da Convida, sociedade de Lalanda de Castro. No primeiro caso, terá sido simulado um contrato de arrendamento com o médico e no segundo caso o apartamento terá sido vendida por valores muito abaixo do mercado.

O Público noticia hoje que Luís Cunha Ribeiro também terá tido ao seu dispor um carro de luxo cedido pela Octapharma, para uso no seu dia-a-dia, e terá ainda feito viagens à custa da multinacional farmacêutica. 

Ontem, Paulo Lalanda de Castro apresentou ao conselho de administração da Octapharma a demissão de todas as funções que desempenha na empresa, o que foi aceite, anunciou a farmacêutica, em comunicado.

No âmbito da mesma operação foi na terça-feira constituído arguido um advogado da sociedade PLMJ que, segundo a RTP3, será Paulo Farinha Alves. A sociedade de advogados esclareceu na altura que a relação profissional da PLMJ com o cliente em causa "apenas se iniciou em Fevereiro de 2016".


(Notícia em actualização)

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