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Juízes alertam para elevadores sem inspecção em dia nos tribunais

A Associação Sindical dos Juízes fez um levantamento e encontrou dezenas de elevadores sem a inspecção em dia espalhados pelos tribunais. Num vídeo publicado no YouTube, os juízes alertam cidadãos e autoridades para os potenciais perigos.

Bruno Colaço
05 de Julho de 2018 às 12:20
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"E se um dia for a tribunal e… cair no poço de um elevador?" A pergunta é feita pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) que efectuou um levantamento do estado de conservação dos elevadores nos tribunais do país e encontrou "situações muito preocupantes" em matéria de segurança, com dezenas de elevadores sem inspecção em dia.


A partir dos resultados e conclusões obtidos, a ASJP elaborou um vídeo que está a divulgar na sua página de YouTube e onde deixa vários alertas: "O Estado, que deve dar o exemplo, estará a cumprir a lei?", questionam os magistrados. "Podemos confiar? O Estado que obriga à segurança de todos os edifícios não garante a segurança das próprias instalações".


A actual direcção da ASJP, liderada por Manuel Soares, tomou posse há cerca de três meses e comprometeu-se na altura a efectuar um levantamento dos problemas nos tribunais em matéria de instalações e, designadamente, no que toca às questões de segurança.


Estão ainda no início e já "a trazer a lume situações que nunca pensámos que existissem", explica ao Negócios Carla Oliveira, secretária geral.  "O que consta deste primeiro vídeo foi uma recolha que se fez em pouco mais de uma semana, na verdade tudo isto é público e perceptível para quem frequenta os tribunais", sublinha.


Carla Oliveira é magistrada no Tribunal de Almada e dá o exemplo das instalações onde trabalha e onde existem seis elevadores. Dois destinam-se ao público em geral, outros dois aos funcionários, magistrados ou agentes de segurança e os restantes aos detidos, que não podem usar os espaços destinados aos restantes utilizadores. "Estão todos com a inspecção fora de prazo e dois deles, pelo menos, tiveram a última vistoria em 2015", afirma.


Além desta, prossegue a magistrada, "há muitas outras situações, desde extintores sem validade a falta de acessos para pessoas com mobilidade reduzida, que têm de ser ouvidas à porta da sala de audiência porque lá dentro não há espaço para movimentar adequadamente uma cadeira de rodas".


A ASJP pretende continuar a fazer o levantamento e a publicar os resultados, nomeadamente na internet, nas redes sociais e no canal de Youtube. "Esteja atento e da próxima vez que for a tribunal, verifique, denuncie à autoridades, exija responsabilidades a quem as tem", conclui o vídeo sobre os elevadores.

 
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