Notícia
Magistrados do Ministério Público não receberam salário nem subsídio de férias devido a problema informático
Ao presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, António Ventinhas, a entidade responsável pelo pagamento referiu um problema informático.
António Ventinhas, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), queixou-se, esta quinta-feira, que os magistrados ainda não receberam o salário referente a este mês, nem o subsídio de férias.
"Não me lembro de isto alguma vez ter acontecido", disse Ventinhas em declarações à Sábado, avançando que esta situação "mostra que algo não está a funcionar bem no Ministério da Justiça, ou mesmo no Governo", já que estes não conseguem assegurar os direitos mais básicos dos trabalhadores.
Ao presidente do sindicato, o Ministério da Justiça justificou o atraso nos pagamentos com um problema informático que não permitiu atempadamente o processamento dos salários. em causa estão, igualmente, os salários dos Tribunais Administrativos e Fiscais.
"A entidade que deve processar os vencimentos não o está a fazer", queixou-se ainda.
Os salários dos magistrados e funcionários judiciais são processados pela Direcção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ), que é dirigida por Luís Borges Freitas, sob tutela do ministério de Francisca Van Dunem. Por norma são pagos a dia 21 de Junho de cada mês.
Segundo o presidente do sindicato, a DGAJ está a tentar resolver a situação, tendo informado que o iriam fazer de forma mais célere possível. No entanto não há garantias de que os magistrados do Ministério Público recebam ainda durante esta quinta-feira.
O Ministério da Justiça já reconheceu oficialmente que ocorreu um problema informático. "Devido a uma falha informática não foi possível efetuar o pagamento dos vencimentos dos Magistrados do Ministério Público e dos Tribunais Administrativos e Fiscais relativos ao mês de junho", disse em comunicado o gabinete de Francisca Van Dunem. "O Ministério da Justiça está a acompanhar a situação e a diligenciar no sentido de regularizar a situação ainda hoje", assegura a mesma fonte.