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Governo cria norma no IVA para proteger cortiça e pinhões
A proposta de Orçamento do Estado vem com um pedido de autorização legislativa para avançar com uma regra de inversão que permita a auto-liquidação no IVA nas aquisições de cortiça, madeira, pinhas e pinhões com casca. Em causa estarão situações de fraude detectadas pelo Fisco.
A proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2018, que o Governo entregou esta sexta-feira, 13 de Outubro, no Parlamento, prevê uma alteração ao código do IVA no sentido de se avançar com uma derrogação à regra geral de incidência subjectiva do IVA relativamente a certas transmissões de bens de produção silvícola, no caso cortiça, madeira, pinhas e pinhões com casca.
A ideia é proteger a indústria nestes sectores, explica Olga Esperança, da PWC. No caso das pinhas e pinhões com casca, por exemplo, as empresas compram nos pinhais o produto em bruto - as ditas pinhas e pinhões –, sendo que quem procede à respectiva apanha e venda liquida imposto que deverá depois entregar à autoridade Tributária e Aduaneira.
Para já, a medida surge na proposta de lei do Orçamento do Estado ainda sob a forma de pedido de autorização legislativa e o Governo admite mesmo que será ainda necessário "obter decisão favorável por parte das instituições europeias competentes, no âmbito do procedimento que venha a ser instaurado de derrogação".