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Funcionário da Mossack Fonseca detido na Suíça

Informático é suspeito de ter levado um elevado volume de dados do escritório, avança o jornal Le Temps. Não estão confirmadas as suas ligações ao escândalo dos Panamá Papers.  

Negócios 15 de Junho de 2016 às 18:26
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Um informático a trabalhar para a Mossack Fonseca em Genebra está preso preventivamente há alguns dias por suspeitas de ter levado um volume grande de informações do escritório, avança esta quarta-feira o jornal Le Temps. O Ministério Público local confirma ter aberto uma investigação na sequência de uma queixa apresentada pela sociedade, que esteve no centro do escândalo dos Panamá Papers, mas não confirma se existem indícios fortes de que o detido seja o delator anónimo que entregou os dados ao Suddeutsche Zeitung.

 

De acordo com o Le Temps, o Ministério Público apreendeu equipamentos de informática, estando neste momento a determinar que tipo de informação está em causa. Segundo o jornal, o informático é suspeito de "subtracção de dados" de "acesso não autorizado a um sistema de computador" e de "abuso de confiança".

 

O Panamá Papers foi o mais recente escândalo fiscal a ser divulgado a partir de uma fuga massiva de informação, mas, ao contrário dos casos que o precederam, a origem da denúncia, neste caso, não foi revelada.

O jornal alemão que recebeu originalmente a informação, e depois a partilhou com o Consórcio Internacional de Jornalistas, garante ter sido contactado por um "John Doe", cuja identidade continua a desconhecer.

Na história das delações fiscais, até ao momento, há de tudo. Há delatoras que ficaram ricos pela informação que puseram cá fora, outros que se meteram em apuros. 


Se for confirmada a sua ligação aos Panamá Papers, é mais um mistério que fica resolvido, e, provavelmente, mais uma saga judicial que se inicia.
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