Notícia
Islândia antecipa eleições na sequência do escândalo dos Papéis do Panamá
As situações de evasão fiscal envolvem vários elementos da classe política de Reikjavik, Depois da demissão do primeiro-ministro, o Governo anunciou a convocação de eleições.
12 de Agosto de 2016 às 10:09
O governo islandês anunciou a realização de eleições legislativas antecipadas em Outubro na sequência dos escândalos revelados pelo "Papéis do Panamá" que já levaram à demissão do primeiro-ministro.
No caso da Islândia, os "Papéis do Panamá" puseram a descoberto situações de evasão fiscal que implicam vários elementos da classe política de Reikjavik. O esquema de fuga ao fisco à escala global, revelado no pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, implicou vários políticos islandeses, entre eles o agora ex-primeiro-ministro, Sigmundur Gunnlaugsson, que se viu obrigado a pedir a demissão na sequência dos protestos da população islandesa. Os Papéis do Panamá relacionavam o nome deGunnlaugsson com a propriedade de uma sociedade "offshore".
A contestação - sem precedentes - verificada em Abril nas ruas da capital do país, fortemente atingido pela crise financeira de 2008, não permite, no entanto, prever o resultado das eleições legislativas. De acordo com as últimas sondagens, os eleitores conservadores mantêm o apoio à coligação de centro-direita, no poder. Esta será a segunda eleição na Islândia em poucos meses, depois de em Junho o independenteGudniJohannesson ter sido eleito presidente do país, beneficiando de uma maioria de votos anti-sistema, em que o descontentamento dos islandeses face às práticas políticas ficou bem patente. Eleito com 39,1%, o presidente empossado em 1 de Agosto adoptou um discurso fortemente anti-partidos, apelando a reformas profundas na Islândia.
Os Papéis do Panamá, mais de 11 milhões de documentos da sociedade de advogados Mossack Fonseca foram divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação e revelam a utilização de paraísos fiscais que escondem os rendimentos de pessoas e empresas de todo mundo.
No caso da Islândia, os "Papéis do Panamá" puseram a descoberto situações de evasão fiscal que implicam vários elementos da classe política de Reikjavik. O esquema de fuga ao fisco à escala global, revelado no pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, implicou vários políticos islandeses, entre eles o agora ex-primeiro-ministro, Sigmundur Gunnlaugsson, que se viu obrigado a pedir a demissão na sequência dos protestos da população islandesa. Os Papéis do Panamá relacionavam o nome deGunnlaugsson com a propriedade de uma sociedade "offshore".
Na quinta-feira à noite, o primeiro-ministro em funções, Sigurdur Ingi Johannsson, pediu aos líderes dos partidos representados no parlamento para decidirem realizar eleições em Outubro, antecipando seis meses as legislativas que já estavam agendadas. "Pretendemos realizar eleições no dia 29 de Outubro", afirmou Johannsson numa declaração difundida através do canal de televisão RUV.
A contestação - sem precedentes - verificada em Abril nas ruas da capital do país, fortemente atingido pela crise financeira de 2008, não permite, no entanto, prever o resultado das eleições legislativas. De acordo com as últimas sondagens, os eleitores conservadores mantêm o apoio à coligação de centro-direita, no poder. Esta será a segunda eleição na Islândia em poucos meses, depois de em Junho o independenteGudniJohannesson ter sido eleito presidente do país, beneficiando de uma maioria de votos anti-sistema, em que o descontentamento dos islandeses face às práticas políticas ficou bem patente. Eleito com 39,1%, o presidente empossado em 1 de Agosto adoptou um discurso fortemente anti-partidos, apelando a reformas profundas na Islândia.
É este sentimento que torna ainda mais difícil antecipar o resultado das próximas legislativas. Como escreve esta sexta-feira, 12 de Agosto, o britânico Guardian, raramente a Islândia assistiu a níveis tão elevados de descontentamento relativamente à classe política.
Na oposição, o Partido Pirata, fundado em 2012, já comunicou que durante a campanha vai defender maior transparência, reformas institucionais e medidas contra a corrupção.
Os Papéis do Panamá, mais de 11 milhões de documentos da sociedade de advogados Mossack Fonseca foram divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação e revelam a utilização de paraísos fiscais que escondem os rendimentos de pessoas e empresas de todo mundo.