Notícia
Ex-ministro das Finanças grego admite ter retirado 450 mil euros do país
O antecessor de Varoufakis na pasta das Finanças helénicas, que está a ser investigado por suspeitas de transferência de dinheiro para o exterior, admitiu ter transferido para o estrangeiro quase meio milhão de euros entre Maio e Junho de 2012.
- 15
- ...
O ex-ministro das Finanças da Grécia, Gikas Hardouvelis (na foto), admitiu ter transferido para o estrangeiro 450 mil euros entre Maio e Junho de 2012. Noticiada a investigação em curso devido a suspeitas de que Hardouvelis teria transferido dinheiro para o exterior sem prestar conhecimento nas declarações de bens e vencimentos, o antecessor de Yanis Varoufakis reconheceu que "tive medo, como todos os gregos, da bancarrota e transferi uma parte dos meus depósitos para o estrangeiro".
Em declarações ao canal Skai, citadas pelo El Mundo, Hardouvelis lembra que "os gregos estão sempre de olho nos seus bolsos", assim explicando as movimentações de dinheiro que levaram o ministro Panayiotis Nikoloudis, responsável pela pasta do combate à corrupção, a pedir ao parlamento helénico a abertura de uma investigação ao ex-governante.
Na base do pedido de Nikoloudis estão suspeitas de que, em 2011, as contas bancárias de Hardouvelis receberam um volume
de ingressos superior ao que constava nas suas declarações de rendimentos.
Nikoloudis notou a forma "curiosa" utilizada por Hardouvelis para retirar dinheiro dos bancos gregos, fazendo várias transferências de valores situados entre 7.700 euros e 9.800 euros. O banco central grego inicia o controlo apenas a partir de quantias superiores a 10 mil euros.
Hardouvelis explica ter feitos transferências "pouco a pouco porque queria assegurar que o dinheiro chegava", realçando que fizera as operações através da internet.
Apesar das críticas sobre o antigo membro do Governo liderado por Antonis Samaras, que Hardouvelis considera ser uma perseguição iniciada pelo governo do Syriza, o porta-voz do Executivo helénico, Gabriel Sakellaridis refere que "é verdade que o senhor Hardouvelis enviou o dinheiro para o Reino Unido, mas fê-lo para uma filial de um banco na Ilha de Jersey, que mesmo fazendo parte do Reino Unido também é o sétimo paraíso fiscal mais importante do mundo".