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Ex-ministro das Finanças grego admite ter retirado 450 mil euros do país

O antecessor de Varoufakis na pasta das Finanças helénicas, que está a ser investigado por suspeitas de transferência de dinheiro para o exterior, admitiu ter transferido para o estrangeiro quase meio milhão de euros entre Maio e Junho de 2012.

Bloomberg
10 de Março de 2015 às 10:21
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O ex-ministro das Finanças da Grécia, Gikas Hardouvelis (na foto), admitiu ter transferido para o estrangeiro 450 mil euros entre Maio e Junho de 2012. Noticiada a investigação em curso devido a suspeitas de que Hardouvelis teria transferido dinheiro para o exterior sem prestar conhecimento nas declarações de bens e vencimentos, o antecessor de Yanis Varoufakis reconheceu que "tive medo, como todos os gregos, da bancarrota e transferi uma parte dos meus depósitos para o estrangeiro".

 

Em declarações ao canal Skai, citadas pelo El Mundo, Hardouvelis lembra que "os gregos estão sempre de olho nos seus bolsos", assim explicando as movimentações de dinheiro que levaram o ministro Panayiotis Nikoloudis, responsável pela pasta do combate à corrupção, a pedir ao parlamento helénico a abertura de uma investigação ao ex-governante.

 

Na base do pedido de Nikoloudis estão suspeitas de que, em 2011, as contas bancárias de Hardouvelis receberam um volume

Tive medo, como todos os gregos, da bancarrota e transferi uma parte dos meus depósitos para o estrangeiro.
 
Gikas Hardouvelis
Antigo ministro das Finanças da Grécia

de ingressos superior ao que constava nas suas declarações de rendimentos.

 

Nikoloudis notou a forma "curiosa" utilizada por Hardouvelis para retirar dinheiro dos bancos gregos, fazendo várias transferências de valores situados entre 7.700 euros e 9.800 euros. O banco central grego inicia o controlo apenas a partir de quantias superiores a 10 mil euros.

 

Hardouvelis explica ter feitos transferências "pouco a pouco porque queria assegurar que o dinheiro chegava", realçando que fizera as operações através da internet.

 

Apesar das críticas sobre o antigo membro do Governo liderado por Antonis Samaras, que Hardouvelis considera ser uma perseguição iniciada pelo governo do Syriza, o porta-voz do Executivo helénico, Gabriel Sakellaridis refere que "é verdade que o senhor Hardouvelis enviou o dinheiro para o Reino Unido, mas fê-lo para uma filial de um banco na Ilha de Jersey, que mesmo fazendo parte do Reino Unido também é o sétimo paraíso fiscal mais importante do mundo".

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