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Carlos Costa defende “redução substancial do IRC” para empresas “com transparência de contas”
“Defendo claramente uma redução substancial do IRC para as empresas que aceitem modelos de governação com separação entre propriedade e gestão e com transparência de contas”, explicou Carlos Costa.
"Não temos um tecido produtivo que acompanhe a qualidade dos licenciados, dos mestrados ou dos doutorados que a universidade já fornece, porque não consegue ter a especialização funcional que seria necessária para os utilizar plenamente", considerou Carlos Costa, ex-governador do Banco de Portugal, na cerimónia que assinalou a inauguração do ano lectivo no ISAG, European Business School.
Em causa está "a dimensão reduzida das empresas portuguesas", uma realidade que traz "uma grande limitação" nas saídas profissionais e na absorção de mão de obra, observou o economista.
"A fuga de cérebros é o reflexo da fragilidade do tecido produtivo e da qualidade do sistema educativo", afirmou Carlos Costa, citado em comunicado do ISAG.
"Temos de ir ao encontro dos fatores que determinam esta fragmentação empresarial", apontou o antigo governador do banco central, que indicou também caminhos de solução: "O primeiro elemento que temos de olhar claramente é o da política económica que, no fundo, conforta a falta de transparência e a opção pela pequenez", realçou.
"Defendo claramente uma redução substancial do IRC para as empresas que aceitem modelos de governação com separação entre propriedade e gestão e com transparência de contas", preconizou o antecessor de Mário Centeno no cargo de governador do Banco de Portugal.