Notícia
Airbnb: Três vizinhos queixosos podem ditar retirada de casa da plataforma
Airbnb diz-se disponível para adoptar em Portugal uma ferramenta que já existe em várias cidades norte-americanas e que determina a retirada de casas do alojamento local mediante a queixa de três vizinhos. A bola está do lado do Governo, diz um responsável ao Expresso.
23 de Fevereiro de 2018 às 11:52
Numa altura em que o Parlamento avalia propostas para regular o alojamento local, a Airbnb diz que tem uma solução menos extrema, que acautela os interesses de todas as partes. Trata-se de uma funcionalidade informática que permite aos vizinhos queixarem-se. Sempre que houver mais de três queixas num ano, a casa pode ser retirada da plataforma.
A ideia é avançada ao Expresso pelo director de política global da Airbnb. A partir de São Francisco, a base operacional da empresa, Chris Lehane mostra-se sensível às externalidades negativas do alojamento local: "Não queremos que os vizinhos sejam prejudicados por hóspedes que não se sabem comportar", diz.
Mas, em vez de pôr os condomínios a decidir sobre o destino que é dado às casas do prédio, a plataforma de arrendamento tem uma solução que considera melhor. Trata-se de permitir que os vizinhos se queixem directamente à Airbnb e que as casas sejam tiradas da plataforma se houver muitas reclamações.
A solução já está no terreno em várias cidades norte-americanas, como é o caso de Chicago e Chris Lehane ilustra ao Expresso a simplicidade do seu funcionamento: "Os próprios vizinhos podem queixar-se do barulho ou outros problemas no nosso website, e a partir de três queixas num ano o Governo de Chicago fala connosco e a casa é imediatamente retirada da plataforma".
Apesar de simples, a solução exige a participação das autoridades públicas nacionais, porque são elas que têm de contactar o Airbnb e solicitar a retirada do imóvel do ar.
Chris Lehane diz ao Expresso que "já trabalhamos assim em várias cidades americanas, na Europa nunca houve muito interesse nisto e Portugal poderá ser o primeiro país onde o podemos vir a fazer". "Mas para pôr isso em prática tipicamente precisamos do Governo a trabalhar connosco e a dizer onde há queixas. E funciona, porque as pessoas são incentivadas a comportarem-se. Não quero falar pelo Governo português, mas nós podemos fazer isso e estamos disponíveis para falar sobre o assunto, se for necessário", adiantou o responsável.
Por cá, após a apresentação de várias propostas polémicas, o Parlamento criou um grupo de trabalho para estudar com maior profundidade a regulação do alojamento local. Para já, como tivemos oportunidade de noticiar, avançam audições a mais de meia centena de entidades.
A ideia é avançada ao Expresso pelo director de política global da Airbnb. A partir de São Francisco, a base operacional da empresa, Chris Lehane mostra-se sensível às externalidades negativas do alojamento local: "Não queremos que os vizinhos sejam prejudicados por hóspedes que não se sabem comportar", diz.
A solução já está no terreno em várias cidades norte-americanas, como é o caso de Chicago e Chris Lehane ilustra ao Expresso a simplicidade do seu funcionamento: "Os próprios vizinhos podem queixar-se do barulho ou outros problemas no nosso website, e a partir de três queixas num ano o Governo de Chicago fala connosco e a casa é imediatamente retirada da plataforma".
Apesar de simples, a solução exige a participação das autoridades públicas nacionais, porque são elas que têm de contactar o Airbnb e solicitar a retirada do imóvel do ar.
Chris Lehane diz ao Expresso que "já trabalhamos assim em várias cidades americanas, na Europa nunca houve muito interesse nisto e Portugal poderá ser o primeiro país onde o podemos vir a fazer". "Mas para pôr isso em prática tipicamente precisamos do Governo a trabalhar connosco e a dizer onde há queixas. E funciona, porque as pessoas são incentivadas a comportarem-se. Não quero falar pelo Governo português, mas nós podemos fazer isso e estamos disponíveis para falar sobre o assunto, se for necessário", adiantou o responsável.
Por cá, após a apresentação de várias propostas polémicas, o Parlamento criou um grupo de trabalho para estudar com maior profundidade a regulação do alojamento local. Para já, como tivemos oportunidade de noticiar, avançam audições a mais de meia centena de entidades.