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Rendas subiram mais de 10% e já ultrapassam 5 euros por metro quadrado

O número de novos contratos de arrendamento voltou a cair, numa altura em que o valor das rendas continuou a aumentar a um ritmo acelerado.

Miguel Baltazar/Negócios
26 de Março de 2020 às 11:12
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O aumento do valor das rendas voltou a acelerar. No segundo semestre do ano passado, o valor mediano das rendas de alojamentos familiares fixou-se em 5,32 euros por metro quadrado em Portugal, o que corresponde a uma subida de 10,8% face a igual período de 2018 (no semestre anterior, o aumento tinha sido de 9%, pelo que há uma aceleração do ritmo de subidas).

Em sentido contrário, há cada vez menos novos contratos de arrendamento a serem celebrados: ao todo, foram assinados perto de 73 mil novos contratos no segundo semestre de 2019, o que corresponde a uma quebra superior a 6% em relação a igual período de 2018.

Os dados foram publicados, esta quinta-feira, 26 de março, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que há agora 39 municípios, a maioria na Área Metropolitana de Lisboa (onde as rendas subiram 15,3%) e no Algarve (com um aumento de 12%), com valores de rendas superiores à mediana nacional.

O concelho de Lisboa mantém os valores mais elevados do país e já se aproxima dos 12 euros por metro quadrado, com freguesias onde os preços já ultrapassam os 14 euros por metro quadrado. Já o município mais barato é agora Belmonte, onde a renda mediana é de 1,88 euros por metro quadrado.

Mas foi no Norte, na região do Cávado, que foi registado o maior aumento das rendas, de 18,3% no espaço de um ano. Já na Área Metropolitana do Porto, as rendas subiram 10,8% no mesmo período.

Rendas só caem no Alto Alentejo

Entre as 25 regiões e sub-regiões analisadas pelo INE, a tendência de subidas é generalizada. Só na região do Alto Alentejo foi registada uma quebra, de 2,4%, para uma renda mediana de 2,79 euros por metro quadrado.

Em todas as restantes regiões do país, as rendas aumentaram, em muitos casos a dois dígitos.

É em Terras de Trás-os-Montes que se encontram os valores mais baixos, de 2,45 euros por metro quadrado, o que, ainda assim, representa uma subida de 1,7% em relação à segunda metade de 2018.

Lisboa reduz distância do resto do país

No segundo semestre do ano passado, o concelho de Lisboa registou um aumento das rendas menos acelerado do que aquele que se verificou no resto do país, reduzindo, assim, a discrepância em relação à mediana nacional. Mesmo assim, a renda mediana em Lisboa, de 11,96 euros por metro quadrado, representa mais do dobro daquela que é registada a nível nacional.

Por outro lado, várias freguesias da capital mantiveram um ritmo de subidas das rendas acelerado, acima dos dois dígitos. Ajuda, Alcântara, Campo de Ourique e Santa Maria Maior registaram aumentos superiores a 10%. Já em Marvila, que apresenta dos valores mais baixos em Lisboa, as rendas dispararam 20,7% no segundo semestre de 2019.

As freguesias mais caras são agora a Estrela (onde a renda mediana se fixou em 14 euros por metro quadrado), Santo António (14,25 euros) e Misericórdia (14,49). Em Santa Maria Maior e Campo de Ourique, as rendas também já se aproximam dos 14 euros por metro quadrado.

Preços aceleram no Porto

No município do Porto, as rendas aumentaram a um ritmo mais acelerado do que no resto do país, registando uma subida de 12,5%, para os 8,83 euros por metro quadrado.

A subida verificou-se em todas as freguesias do concelho. O aumento mais acentuado, de 21,8%, registou-se em Campanhã, onde a renda mediana passou a ser de 7,54 euros por metro quadrado. Esta continua a ser, ainda assim, a freguesia com os valores mais baixos do Porto.

Já os valores mais elevados encontram-se na união de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, onde a renda mediana subiu 7,2% para os 9,5 euros por metro quadrado.

Notícia atualizada pela última vez às 12h03 com mais informação.
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