Notícia
Governo propõe atualizações de 0,9% para a Função Pública
A proposta foi revelada pelo coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, aos jornalistas, no final da segunda reunião de preparação do orçamento do Estado para 2022. A decisão vai custar 225 milhões de euros, em termos brutos, segundo o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
Três dias depois de ter afirmado que o cenário macroeconómico não deveria permitir aumentos salariais transversais na Função Pública, a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, anunciou aos sindicatos que o Governo pretende aprovar uma atualização salarial transversal de 0,9%.
A proposta foi revelada aos jornalistas pelo coordenador da Frente Comum no final da segunda reunião prévia à apresentação do orçamento do Estado para 2022.
"A proposta que o Governo nos apresentou hoje foi de 0,9% de aumento", "uma atualização", disse Sebastião Santana, em declarações aos jornalistas. "Nós entendemos isto como uma manutenção de política que se tem verificado salarialmente até agora e uma afronta aos trabalhadores da administração pública", acrescentou.
A proposta apresentada pelo Governo está em linha com as previsões de inflação do Governo para este ano e aplica-se a todos os funcionários públicos. É a segunda vez em treze anos que se assume uma atualização em linha com inflação (passada e já não futura), à semelhança do que aconteceu em 2020 (com uma atualização de 0,3%).
Não tem sido habitual o Governo assumir as suas propostas antes da apresentação do orçamento do Estado. Desta vez, em resposta ao descontentamento dos sindicatos após a primeira reunião de segunda-feira, o PCP e, de forma menos expressiva, o Bloco de Esquerda pressionaram o Governo a assumir uma proposta de atualizações salariais, tendo até em conta a revisão em alta do crescimento.
Para os que têm salários mais baixos nas três carreiras gerais da Função Pública está ainda previsto um aumento mais significativo que, de acordo com as informações transmitidas pela ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, só será negociado no início do próximo ano, eventualmente com retroativos. O STE e a Frente Comum não acreditam, no entanto, que a valorização dos técnicos superiores tenha expressão antes de 2023.
Apesar da evolução registada em apenas três dias, o coordenador da Frente Comum, que defende aumentos de 90 euros para todos os trabalhadores, considerou que em causa estão "atualizações que nem sequer repõem o poder de compra que a administração pública perdeu em doze, treze anos".
Decisão custa cerca de 225 milhões de euros
Já Helena Rodrigues, do Sindicato dos Quadros Técnicos (STE), valorizou o facto de o Governo ter apresentado uma contraproposta aos documentos dos sindicatos nestas primeiras reuniões.
"Desde 2010 a perda de poder de compra chega a 11% e esperamos que essa recuperação venha a ser feita, mas este é um primeiro passo", disse.
De acordo com a dirigente sindical, a atualização vai custar cerca de 225 milhões de euros, em termos brutos (ou seja, sem contar com o acréscimo de receita fiscal e contributiva).
Não ficou claro se esta verba inclui o aumento dos 90 mil funcionários públicos que recebem o salário mínimo nacional, que deverá subir cerca de 6%.
(Notícia atualizada)
A proposta foi revelada aos jornalistas pelo coordenador da Frente Comum no final da segunda reunião prévia à apresentação do orçamento do Estado para 2022.
A proposta apresentada pelo Governo está em linha com as previsões de inflação do Governo para este ano e aplica-se a todos os funcionários públicos. É a segunda vez em treze anos que se assume uma atualização em linha com inflação (passada e já não futura), à semelhança do que aconteceu em 2020 (com uma atualização de 0,3%).
Não tem sido habitual o Governo assumir as suas propostas antes da apresentação do orçamento do Estado. Desta vez, em resposta ao descontentamento dos sindicatos após a primeira reunião de segunda-feira, o PCP e, de forma menos expressiva, o Bloco de Esquerda pressionaram o Governo a assumir uma proposta de atualizações salariais, tendo até em conta a revisão em alta do crescimento.
Para os que têm salários mais baixos nas três carreiras gerais da Função Pública está ainda previsto um aumento mais significativo que, de acordo com as informações transmitidas pela ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, só será negociado no início do próximo ano, eventualmente com retroativos. O STE e a Frente Comum não acreditam, no entanto, que a valorização dos técnicos superiores tenha expressão antes de 2023.
Apesar da evolução registada em apenas três dias, o coordenador da Frente Comum, que defende aumentos de 90 euros para todos os trabalhadores, considerou que em causa estão "atualizações que nem sequer repõem o poder de compra que a administração pública perdeu em doze, treze anos".
Decisão custa cerca de 225 milhões de euros
Já Helena Rodrigues, do Sindicato dos Quadros Técnicos (STE), valorizou o facto de o Governo ter apresentado uma contraproposta aos documentos dos sindicatos nestas primeiras reuniões.
"Desde 2010 a perda de poder de compra chega a 11% e esperamos que essa recuperação venha a ser feita, mas este é um primeiro passo", disse.
De acordo com a dirigente sindical, a atualização vai custar cerca de 225 milhões de euros, em termos brutos (ou seja, sem contar com o acréscimo de receita fiscal e contributiva).
Não ficou claro se esta verba inclui o aumento dos 90 mil funcionários públicos que recebem o salário mínimo nacional, que deverá subir cerca de 6%.
(Notícia atualizada)