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Desde dia 1 de janeiro, já foram entregues 112 pré-avisos de greve
O Público fez o levantamento e concluiu que já são mais do que em todo o ano de 2016 e ultrapassam o último ano de Pedro Passos Coelho no Governo. São um indicador de que a contestação social disparou e, ao que tudo indica, está para ficar.
Desde o início do ano já foram entregues 112 pré-avisos de greve, emitidos por variadas representações profissionais do setor público. O número, fornecido ao Público pelo Ministério das Finanças revela que, desde meados de 2017, se tem vindo a verificar um aumento da contestação. No ano passado foram entregues 260 pré-avisos de greve, o triplo dos registados no último ano da troika.
Dos 260 pré-avisos de greve de 2018, 12 acabariam por ser desconvocadas, reduzindo o número de greves para as 248. Este ano, apenas se registou, para já, uma desconvocação. A manter-se este nível, o ano fechará com números recorde.
Com eleições regionais na Madeira em março, europeias em maio e legislativas em outubro, o ano promete ser pródigo em contestação e, como lembra o Público, Arménio Carlos, o secretário-geral da CGTP, avisou em dezembro último que "saltou a tampa da panela de pressão".
Esta sexta-feira, em dia de greve da Função Pública, a adesão dos funcionários públicos em protesto contra a não atualização dos salários era cerca das 09:00 "muito elevada" nos hospitais, escolas e na recolha dos resíduos sólido, disse Arménio Carlos à Lusa.
"As indicações que temos é que estamos perante uma grande adesão quer nos hospitais, na recolha de resíduos sólidos, quer na educação, quer noutros setores que hoje de manhã vão ter percalços significativos", adiantou o líder sindical hoje de manhã junto à Escola EB2/3 Manuel da Maia, em Lisboa, que está encerrada devido à paralisação.