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PSD vai apresentar propostas para o Orçamento, mas só em "áreas estruturantes"

O líder parlamentar do PSD disse esta sexta-feira que o PSD apenas irá apresentar propostas para o Orçamento do Estado (OE) para 2017 em "áreas estruturantes", recusando entrar no "leilão" de propostas orçamentais de detalhe.

Miguel Baltazar/Negócios
21 de Outubro de 2016 às 15:10
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"A decisão do grupo parlamentar e da direcção nacional do partido é de não apresentarmos propostas de alteração que visem entrarmos naquilo que podemos designar o leilão das propostas orçamentais, porque temos uma noção: este orçamento faz escolhas, as escolhas foram feitas com base na estratégia - ou falta dela- do PS, do PCP e do BE", afirmou o presidente do grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião da bancada.

 

Contudo, ressalvou, o PSD irá apresentar medidas e propostas em sede de especialidade em "áreas estruturantes" que possam dar ao OE para 2017 "uma visão de futuro" e apontar caminhos para o país ter mais crescimento na economia e no emprego e se esbaterem as desigualdades sociais.

O PSD, insistiu, não vai é entrar num "campeonato" que é "inconsequente", "de andar a apresentar propostas de detalhe numa proposta que está em si mesma fechada" e que "não tem viabilidade, porque mexendo de um lado tem de se mexer em tudo o resto".

 

Numa entrevista publicada na edição de hoje do Público, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho já admitia a apresentação de propostas para o OE para 2017 "em matérias de natureza estruturante" e excluía entrar "naquilo a que se chama a mercearia orçamental", ou seja, "andar a fazer propostas avulsas".

 

Luís Montenegro, que falava no final da reunião da bancada na qual o líder do PSD anunciou essa posição aos deputados, num encontro que não durou mais de meia hora, recusou que a decisão de apresentar propostas em áreas estruturantes represente uma mudança de estratégia em relação ao que foi seguindo para o OE para 2016, quando os sociais-democratas optaram por não apresentar nenhuma medida.

 

"Não há uma mudança de estratégia", assegurou, sublinhando que as circunstâncias são diferentes.

 

Por exemplo, disse, hoje já não existem apenas previsões, mas "dados reais e factuais" que mostram que a economia não cresceu como estava previsto, que o consumo e a procura interna não subiram como se esperava ou que o investimento não ficou ao nível do que estava previsto.

 

Interrogado sobre as propostas que o PSD irá apresentar em sede de especialidade, o líder da bancada social-democrata recordou que o debate na generalidade apenas será feito no início de Novembro e disse não fazer sentido estar a antecipar medidas neste momento.

 

Quanto ao sentido de voto do PSD, Luís Montenegro remeteu igualmente o seu anúncio para mais tarde.

(Notícia actualizada às 16:17 com mais informação)

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