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Passos vai ouvir parceiros sociais antes de propor alterações ao Orçamento

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou que vai ouvir os parceiros sociais sobre as propostas "de natureza estrutural" a apresentar na discussão do Orçamento do Estado de 2017.

4º Passos Coelho, 1022 notícias - Passou de chefe do Governo a líder da oposição, mas continuou no centro da actualidade. Em quarto lugar, Passos Coelho é o primeiro com mais de mil notícias no Negócios este ano.
25 de Outubro de 2016 às 23:45
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"O PSD apresentará algumas propostas de natureza estrutural, nomeadamente sobre como consolidar as contas públicas, sem ser através de impostos indirectos, e como atrair mais investimento externo, e vai pedir um encontro aos parceiros sociais para os ouvir", anunciou Passos Coelho esta terça-feira, 25 de Outubro, na abertura das "Jornadas Consolidação, Crescimento e Coesão" organizadas pelo partido e dedicadas ao Orçamento do Estado 2017.

 

 

Passos Coelho assumiu ter dúvidas de que a maioria parlamentar venha a acolher as propostas que o PSD vai apresentar, até porque "o ministro das Finanças já veio dizer que há pouco espaço para mexer" e o Orçamento reflecte as escolhas do PS, do PCP e do BE.

 

"Não é por estarmos na oposição que desejamos que corra mal ao país, mas devemos chamar a atenção para o que corre mal e apresentar a nossa alternativa e dar o nosso contributo para que possa ficar melhor", declarou.

 

O líder do PSD considera que o caminho devia ser outro para aproveitar melhor condições conjunturais como o petróleo mais barato, a taxa de juro do Banco Central Europeu mais favorável e as importações mais baratas, do que no período do ajustamento em que esteve à frente do governo: crescer mais, atrair mais investimento que dinamiza o emprego e gerar confiança junto dos mercados.

 

Esse outro caminho, sublinhou, passa por "ser mais prudente na restituição de rendimentos, mas sobretudo por uma estratégia para atrair mais investimento", e não "acertar a despesa pelo calendário mais interessante para o Governo e depois se verá", de forma a garantir a sobrevivência dos acordos à esquerda.

 

"O Governo prefere crescer poucochinho para ir mantendo o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda", acusou, considerando o anunciado aumento das pensões "o aspecto mais chocante".

 

"O Estado tem pouco dinheiro e há um problema de sustentabilidade das pensões que o Governo decidiu empurrar para mais tarde, mas se falta dinheiro é preciso cuidado com os aumentos e estas actualizações vão ser pagas pelos impostos", disse, acusando o Governo de António Costa de querer "fazer um bonito" para as eleições autárquicas.

 

É que só em Agosto o Governo vai ver se a actualização ficou aquém dos 10 euros, podendo haver, nesse caso um aumento extraordinário. "Porque não dá esse aumento já em Janeiro? Só em Agosto é que vai haver dinheiro? Dava menos, já a partir de Janeiro. Sabemos porquê. Quer fazer um bonito, no calendário que lhe é mais interessante", criticou.

 

As jornadas do PSD dedicadas ao Orçamento do Estado prosseguem até 28 de Novembro, com mais 18 sessões, com a participação de membros da comissão política permanente do PSD, dos vice-presidentes do grupo parlamentar e dos deputados de cada distrito.

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