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OE2017: Primeiro-ministro afirma que dúvidas de Bruxelas são de "poucas décimas"
O primeiro-ministro desvalorizou as questões levantadas pela Comissão Europeia em relação à proposta de Orçamento do Estado para 2017, dizendo que as diferenças são de "poucas décimas", muito inferiores em valor às do ano passado.
António Costa falava aos jornalistas no final de uma cerimónia de homenagem ao antigo vereador da Câmara Municipal de Lisboa e ex-dirigente do CDS Pedro Feist na União das Associações de Comércio e Serviços, na qual também esteve presente a presidente dos democratas-cristãos, Assunção Cristas.
"Creio que as dúvidas da Comissão Europeia não são muito complexas. Felizmente, não estamos hoje com as divergências que se verificaram há um ano, temos umas poucas décimas de diferença", sustentou o líder do Executivo.
De acordo com a interpretação feita por António Costa sobre o pedido de explicações requerido por Bruxelas ao Governo português em relação à proposta de Orçamento do próximo ano, "basicamente", o que pergunta é como o executivo calcula algumas receitas e a previsão de crescimento.
"As divergências situam-se aí. Tal como disse o comissário [europeu para os assuntos económicos e financeiros] Pierre Moscovici, a convicção é que o Orçamento em debate na Assembleia da República cumpre as regras europeias e não haverá dificuldade de maior", advogou.
António Costa fez ainda questão de frisar que, nestes processos de análise às propostas de orçamento dos diferentes países da União Europeia, Bruxelas "enviou cartas a diferentes Estados-membros".
"E a própria Comissão Europeia diferenciou a situação detectada em diferentes Estados-membros. No caso de Portugal e da Bélgica, as dúvidas são mais de pormenor e de densificação de informação", acrescentou.