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Medina diz que OE é "melhor escudo"; PSD diz que Governo ganha com inflação
Na apresentação da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022 no Parlamento, o ministro das Finanças defendeu que a redução do défice e da dívida previstos este ano são a melhor ferramenta para lidar com a incerteza da guerra na Ucrânia. PSD refuta e diz que medidas não chegam para atenuar perda de poder de compra.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu que as reduções do défice orçamental e da dívida pública previstas na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022 são "o melhor escudo" para a incerteza da guerra na Ucrânia. O PSD discorda e diz que o Governo está a ganhar com a inflação e a aplicar austeridade.
"A consolidação das contas publicas constitui o melhor escudo protetor da incerteza" da situação internacional, defendeu nesta terça-feira, o ministro das Finanças, Fernando Medina, no Parlamento, onde apresenta a proposta do OE para 2022.
Depois da intervenção do ministro, o deputado do PSD Duarte Pacheco refutou o argumento do ministro: "Não é o OE que este país precisa, é um mau orçamento".
"Não houve uma reação à guerra", insistiu. Embora admita que existam algumas medidas para mitigar a inflação na proposta de OE, Duarte Pacheco lembrou que o documento prevê um ganho de receita fiscal (cerca de 2.000 milhões de euros) que é superior ao total da despesa prevista com as medidas de mitigação à subida de preços (1.300 milhões).
"Mesmo as medidas são inferiores ao acréscimo da receita com inflação. O Governo está a ganhar receita e folga com inflação", atirou.
Por outro lado, o deputado do PSD criticou a perda de poder de compra da Função Pública, cujos salários avançam 0,9% este ano (abaixo da inflação do ano passado e da prevista para este ano). "Isto implica tirar meio salário aos funcionários públicos e só pode ter um nome: é um ato de austeridade", criticou Duarte Pacheco.
Na resposta, o ministro das Finanças, repetiu que "em nenhum lado, em nenhum contexto, [o OE] pode ser classificado com austeridade" e criticou o que disse ser "o desejo por sound bite" do PSD.
Depois, lembrou que as alterações no IRS, que implicam uma redução do imposto a pagar para a maioria dos contribuintes, também tem impacto nos funcionários públicos, bem como outras medidas, como a redução do ISP.
(Notícia atualizada às 15:50 com mais informação)
"A consolidação das contas publicas constitui o melhor escudo protetor da incerteza" da situação internacional, defendeu nesta terça-feira, o ministro das Finanças, Fernando Medina, no Parlamento, onde apresenta a proposta do OE para 2022.
Lembrando que o OE prevê um défice orçamental de 1,9% do PIB este ano e um excedente primário (que exclui os encargos com a dívida) de 0,3% do PIB, o ministro defendeu que estas reduções "asseguram a proteção do país num contexto de elevada incerteza".
Depois da intervenção do ministro, o deputado do PSD Duarte Pacheco refutou o argumento do ministro: "Não é o OE que este país precisa, é um mau orçamento".
"Não houve uma reação à guerra", insistiu. Embora admita que existam algumas medidas para mitigar a inflação na proposta de OE, Duarte Pacheco lembrou que o documento prevê um ganho de receita fiscal (cerca de 2.000 milhões de euros) que é superior ao total da despesa prevista com as medidas de mitigação à subida de preços (1.300 milhões).
"Mesmo as medidas são inferiores ao acréscimo da receita com inflação. O Governo está a ganhar receita e folga com inflação", atirou.
Por outro lado, o deputado do PSD criticou a perda de poder de compra da Função Pública, cujos salários avançam 0,9% este ano (abaixo da inflação do ano passado e da prevista para este ano). "Isto implica tirar meio salário aos funcionários públicos e só pode ter um nome: é um ato de austeridade", criticou Duarte Pacheco.
Na resposta, o ministro das Finanças, repetiu que "em nenhum lado, em nenhum contexto, [o OE] pode ser classificado com austeridade" e criticou o que disse ser "o desejo por sound bite" do PSD.
Depois, lembrou que as alterações no IRS, que implicam uma redução do imposto a pagar para a maioria dos contribuintes, também tem impacto nos funcionários públicos, bem como outras medidas, como a redução do ISP.
(Notícia atualizada às 15:50 com mais informação)