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Governo ataca Bloco: “Portugal precisa de partidos que consigam compromissos”

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares deixou duras críticas ao Bloco de Esquerda, argumentando que o Orçamento para 2021 até tem “muito menos elementos de rejeição” à esquerda do que propostas que viabilizou na legislatura anterior.

Tiago Petinga
26 de Outubro de 2020 às 11:19
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O Governo considera "incompreensível que, quando país mais precisa, não possa contar com o Bloco de Esquerda (BE) para viabilizar um Orçamento que combate uma pandemia gravíssima, que protege as pessoas e que apoia a economia e o emprego".

 

"É incompreensível que, num momento crítico para Portugal e para os portugueses, o BE decida deixar de fazer parte da solução que desde 2015 contribuiu para recuperar a confiança do país, aumentar os rendimentos e melhorar a economia", sublinhou Duarte Cordeiro.

 

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares sustentou que a proposta orçamental foi elaborada com os contributos dos partidos de esquerda e ambientalistas, frisando que "os portugueses precisam neste momento de partidos que consigam compromissos, mesmo que isso não signifique exatamente o que cada partido defende".

 

Em conferência de imprensa, o membro do Executivo argumentou que o documento que terá o voto contra dos bloquistas na generalidade inclui "um conjunto de aproximações significativas às propostas" que foram sendo feitas pelo partido liderado por Catarina Martins em matérias laborais ou relacionadas com os apoios públicos ao Novo Banco.

 

Este Orçamento tem muito menos elementos de rejeição para os partidos à nossa esquerda do que orçamentos anteriores que esses partidos aprovaram, nomeadamente o Bloco de Esquerda. Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares

Com a abstenção das duas deputadas não inscritas, com ligações anteriores ao Livre e ao PAN, o OE já tem "luz verde" na primeira votação. No entanto, o Governo queria "o máximo apoio possível para este OE". "Estamos a viver um momento difícil, confrontados com várias crises, e era preciso continuar a manter um apoio que tem vindo a ser constante desde 2015 [para dar] uma resposta alternativa à que vivemos no passado", acrescentou.

 

Aliás, assinalou Duarte Cordeiro, "este Orçamento tem muito menos elementos de rejeição para os partidos à nossa esquerda do que orçamentos anteriores que esses partidos aprovaram, nomeadamente o Bloco de Esquerda".

 

Questionado sobre se vai continuar a negociar com o Bloco, o secretário de Estado respondeu que "a posição [expressa na véspera] é de que quem saiu do processo de negociação, é de quem se afasta". "O BE afastou-se do processo e dessa forma coloca-se do lado de quem não quer este OE viabilizado", concluiu.

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