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Bloco de Esquerda vota contra Orçamento
O Bloco de Esquerda anunciou que irá votar contra o Orçamento do Estado na generalidade, mas a sua votação já não deverá travar a aprovação.
Catarina Martins, líder do partido, informou a decisão da mesa nacional do partido, salientando que este é o sentido de voto na generalidade do Orçamento, deixando em aberto a possibilidade de poder alterar o sentido de voto na votação final global.
Para Catarina Martins, "o Bloco fez o melhor que podia durante meses para que fosse construído um orçamento com soluções, por isso um Orçamento que falha ao país não tem o voto do Bloco".
O Bloco de Esquerda considera que não foi possível chegar a acordo com o Governo em matérias fundamentais, falando em concreto de investimento na saúde, em questões laborais e no financiamento ao Novo Banco. Mas Catarina Martins recusa chamar às quatro áreas que traçou linhas vermelhas, prefere chamar de prioridades para o país, assumindo ter feito várias contrapropostas, que, segundo diz, "não são propostas impossíveis".
Apesar de várias prioridades, a da saúde ocupou grande parte da declaração da líder bloquista. "Quando tudo se pede ao SNS, este Orçamento não tem o bom senso de o proteger". Os investimentos que o Bloco pretendia para o SNS não foram obtidos, segundo Catarina Martins, que traçou outro ponto-travão: não ter sido possível criar uma "nova prestação social contra o empobrecimento que garanta que as vítimas da crise não fiquem abaixo do limiar da pobreza". Ainda acrescentou: "Veremos com atenção como são votadas as propostas no parlamento, no debate da especialidade. Mas somos claros: não aceitamos um Orçamento que falha à emergência social em que vivemos".
E fala da recusa do Governo de mudar definitivamente a lei sobre a caducidade unilateral dos contratos coletivos; e na insistência de manutenção de um período experimental "injustamente longo".
E finalmente o quarto tema é o do Novo Banco que o Bloco queria que não penalizasse o orçamento.
As quatro linhas vermelhas que o Bloco traçou.