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Conselho Finanças Públicas: Orçamento tem projecções "estatisticamente plausíveis"

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) considera que o cenário macroeconómico subjacente à proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) apresenta projecções "estatisticamente plausíveis", apesar dos riscos "descendentes assinaláveis".  

Bruno Simão
14 de Outubro de 2016 às 23:41
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"Ainda que com riscos descendentes assinaláveis, o cenário macroeconómico subjacente à proposta de OE2017 apresenta projecções estatisticamente plausíveis", refere o parecer da instituição liderada por Teodora Cardoso.

 

De acordo com o documento, os riscos descendentes presentes no cenário macroeconómico estão, sobretudo, "ligados às previsões relativas ao saldo comercial com o exterior e à formação bruta de capital fixo, devendo sublinhar-se serem estas as variáveis-chave para a concretização do cenário projectado".

 

O CFP ressalva, no entanto, que o cenário macroeconómico que consta da proposta hoje entregue no parlamento apresenta "importantes alterações da trajectória esperada para a economia portuguesa relativamente à que era apresentada quer, no OE2016, quer no Programa de Estabilidade 2016-2020".

 

Por um lado, destaca, "é reconhecido o arrefecimento da economia que se verifica desde o segundo semestre de 2015", mas por outro "é de assinalar a substituição do consumo privado enquanto motor do crescimento económico pelas exportações e pelo investimento".

 

O CFP assinala, como recomendação, a necessidade de os cenários macroeconómicos subjacentes aos diferentes documentos de programação orçamental serem elaborados para o médio prazo, pois, "apenas desta forma é possível avaliar os efeitos a prazo das políticas adoptadas e a sua sustentabilidade".

 

O Governo apresentou hoje a proposta de Orçamento do Estado de 2017 que prevê um crescimento económico de 1,5%, um défice de 1,6% do PIB, uma inflação de 1,5% e uma taxa de desemprego de 10,3%.

 

Para este ano, o executivo liderado por António Costa piorou as estimativas, esperando agora um crescimento económico de 1,2% e um défice orçamental de 2,4% do PIB.

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