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Montepio vê crescimento abaixo da previsão mais pessimista do Governo

O departamento de estudos económicos do banco continua a prever que a economia cresça apenas 1% neste ano, aquém do que espera o Governo, que acaba de cortar a sua previsão de 1,8% para 1,2%.

Negócios 17 de Outubro de 2016 às 15:19
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No rescaldo da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2017, no âmbito da qual o Governo cortou a previsão de crescimento deste ano de 1,8% para 1,2%, o departamento de estudos económicos do Montepio divulgou uma análise em que mantém a sua estimativa de que a economia crescerá apenas 1% neste ano, ainda abaixo dos números mais pessimistas de Mário Centeno.

 

Ao contrário do Executivo, os economistas do Montepio não esperam uma aceleração do PIB na recta final do ano que permita uma progressão anual do PIB mais ampla, esperando um crescimento do Produto entre 0,2% e 0,4% no terceiro trimestre. No primeiro trimestre, o PIB cresceu 0,2% e no segundo subiu 0,3%.

"Os indicadores de actividade revelaram leituras tendencialmente desfavoráveis", designadamente ao nível do comércio externo, do turismo e dos serviços, argumentam, pelo que "mantemos a nossa previsão de um crescimento anual do PIB de 1% em 2016, abaixo dos 1,2% previstos pelo Governo na Proposta de OE 2017".


Em relação ao próximo ano, o departamento de estudos do Montepio mantém também a sua previsão de 1,5%, destacando o facto de o governo ter cortado de 1,8% para 1,5% a previsão que fizera em Abril e de continuar a prever um crescimento menor do que o registado em 2015 (1,6%), sendo essencialmente suportado pela procura interna que, nas contas do executivo, será responsável mais de 80% do crescimento económico no próximo ano.

 

Em termos de consolidação orçamental, o Governo prevê fechar este ano com um défice orçamental de 2,4% do PIB, prevendo uma redução para 1,6% no próximo ano. O ajustamento garantirá reduções do saldo estrutural, o que desconta o efeito do ciclo económico, de 0,2 pontos e 0,6 pontos, em 2016 e 2017, respectivamente.

 

Escrevem os economistas do banco que, a confirmarem-se estes valores, o Governo irá ao encontro das recomendações da UE ao país para que feche 2016 com um défice, no máximo, de 2,5% do PIB, e garante uma estabilização do saldo estrutural este ano e uma redução de 0,6 p.p. em 2017. 

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