Ainda sem conhecer a versão definitiva da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2017, o  CDS-PP vai avançar com propostas de alteração no sentido de aliviar a carga fiscal ao nível dos impostos indirectos, precisamente aqueles onde o Governo já assumiu que haverá aumentos. E não tem quaisquer dúvidas: vai votar "convictamente" contra.

Em entrevista à TSF, esta quinta-feira, 22 de Setembro, Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS-PP criticou o facto de o Governo se preparar para avançar com uma proposta de OE que "irá aumentar tudo o que mexe do ponto de vista dos impostos indirectos, incluindo o sal e o açúcar", e que terá como consequência uma carga fiscal que "está a tornar-se persecutória para a classe média".

Sublinhando que o PS "está refém das clientelas do PCP e do Bloco de Esquerda" e que estes partidos têm uma visão ideológica que remete para o exemplo venezuelano, o deputado centrista afirma: "Nós não acreditamos numa sociedade em que se tenta acabar com os ricos, acreditamos numa sociedade que tenta acabar com os pobres. Já a ideia de acabar com os ricos tornando-os pobres, nós tragicamente vemos o que sucedeu em países como a Venezuela e vemos que não resultou".