Notícia
Schäuble "sensibilizado" com elogios de portugueses
Em declarações ao Financial Times, o ministro alemão das Finanças mostrou-se "tocado" pelas referências recentes à sua pessoa em Portugal, quando se soube que sairia do cargo que ocupou durante oito anos para ir para o parlamento germânico.
O ainda ministro alemão das Finanças, que ocupou o cargo nos últimos oito anos - nomeadamente durante o tempo em que Portugal ficou sob resgate financeiro da troika - diz ter ficado "sensibilizado" com os elogios feitos na imprensa portuguesa nas últimas semanas, a dias de deixar o cargo.
Com uma relação por vezes difícil com parte do país - defendendo políticas austeritárias e tecendo algumas declarações sobre o sucesso do actual Governo no início do mandato -, Wolfgang Schäuble diz este domingo, 8 de Outubro, em entrevista ao Financial Times ter ficado "encantado" (a palavra é do jornal britânico) com uma reacção na imprensa portuguesa à sua saída do ministério.
"Fiquei muito satisfeito quando foi anunciado que eu tinha decidido mudar para outra função que este jornal português tenha escrito algo como ‘Wolfgang, perdoamos-te, por favor fica. Foi bastante tocante," recordou.
O ministro não é específico na referência, mas na semana em que se soube da saída de Schäuble, o antigo membro da equipa de Passos Coelho, Luís Campos Ferreira, escreveu um texto de opinião publicado no Correio da Manhã intitulado "E agora, Alemanha?".
No texto, o ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação defendia que a saída do ministro poderia pôr em causa a solidariedade dentro da União Europeia, finalizndo com: "É por estas e por outras que ainda vamos ouvir muito boa gente a dizer: 'Volta, Schäuble, estás perdoado!'".
Na entrevista ao FT, Schäuble defendeu que a implementação de reformas no âmbito dos resgates financeiros na Zona Euro teve como objectivo obter uma política financeira "previsível e fiável para recuperar a confiança e gerar crescimento."
Na véspera da sua última presença no Eurogrupo antes de passar a liderar o Bundestag, Wolfgang Schäuble voltou a defender o papel das reformas nos programas de resgate na Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre.
"Argumentaria com qualquer um - até de forma mais forte que há oito anos - que esta política gera mais crescimento sustentável que qualquer outra," afirmou ao periódico.
Recuando oito anos, Schäuble reconheceu ter ficado surpreendido pela sua escolha para a pasta das Finanças - "Nunca fui um grande economista, sou um advogado alemão - não é tão entusiasmante - e o meu inglês também não é muito bom."
Schäuble admite ainda que por vezes enfureceu os seus colegas no Eurogrupo: "Nem todos ficarão tristes por já não ter de me aguentar. Mas tivemos sempre um grande espírito de equipa no Eurogrupo. E concordámos em muitas coisas", afirmou.
Com uma relação por vezes difícil com parte do país - defendendo políticas austeritárias e tecendo algumas declarações sobre o sucesso do actual Governo no início do mandato -, Wolfgang Schäuble diz este domingo, 8 de Outubro, em entrevista ao Financial Times ter ficado "encantado" (a palavra é do jornal britânico) com uma reacção na imprensa portuguesa à sua saída do ministério.
O ministro não é específico na referência, mas na semana em que se soube da saída de Schäuble, o antigo membro da equipa de Passos Coelho, Luís Campos Ferreira, escreveu um texto de opinião publicado no Correio da Manhã intitulado "E agora, Alemanha?".
No texto, o ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação defendia que a saída do ministro poderia pôr em causa a solidariedade dentro da União Europeia, finalizndo com: "É por estas e por outras que ainda vamos ouvir muito boa gente a dizer: 'Volta, Schäuble, estás perdoado!'".
Na entrevista ao FT, Schäuble defendeu que a implementação de reformas no âmbito dos resgates financeiros na Zona Euro teve como objectivo obter uma política financeira "previsível e fiável para recuperar a confiança e gerar crescimento."
Na véspera da sua última presença no Eurogrupo antes de passar a liderar o Bundestag, Wolfgang Schäuble voltou a defender o papel das reformas nos programas de resgate na Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre.
"Argumentaria com qualquer um - até de forma mais forte que há oito anos - que esta política gera mais crescimento sustentável que qualquer outra," afirmou ao periódico.
Recuando oito anos, Schäuble reconheceu ter ficado surpreendido pela sua escolha para a pasta das Finanças - "Nunca fui um grande economista, sou um advogado alemão - não é tão entusiasmante - e o meu inglês também não é muito bom."
Schäuble admite ainda que por vezes enfureceu os seus colegas no Eurogrupo: "Nem todos ficarão tristes por já não ter de me aguentar. Mas tivemos sempre um grande espírito de equipa no Eurogrupo. E concordámos em muitas coisas", afirmou.