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Rácio da dívida pública abaixo de 2017 com a ajuda do PIB

A dívida pública voltou a subir em Julho. Mas há uma boa notícia: os dados actualizados do PIB no segundo trimestre levaram o Banco de Portugal a rever em baixa o rácio da dívida pública.

Miguel Baltazar
03 de Setembro de 2018 às 11:50
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A aceleração da economia no segundo trimestre ajudou a meta da dívida pública a aproximar-se do objectivo do Governo de 122,2% em 2018. A primeira estimativa do Banco de Portugal (BdP), publicada há duas semanas, apontava para os 125,8%, o que ficava acima dos 125,7% com que o Executivo fechou o ano passado. No entanto, com os dados mais completos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatístisca (INE) na passada sexta-feira, o BdP revê esta segunda-feira, dia 3 de Setembro, em baixa o rácio da dívida pública no PIB para os 125,6%.

De acordo com os dados actualizados do INE, o PIB cresceu 2,3%, em termos homólogos, e 0,5%, em cadeia. O principal contributo para esta aceleração foi dado pela procura interna, dentro da qual se destaca o consumo privado (em particular a compra de carros). Este registo da economia portuguesa representa uma aceleração face ao primeiro trimestre deste ano (2,1% e 0,4%). Nesse período o rácio da dívida pública tinha sido de 126,4%, acima do rácio com que o Governo tinha terminado 2017.

Com os dados da primeira estimativa do INE, o Banco de Portugal estimou há duas semanas que no segundo trimestre o rácio da dívida pública tinha ficado nos 125,8%, ainda acima do peso do ano passado. Contudo, a actualização dos dados por parte do INE levou à revisão em baixa do rácio uma vez que o montante em dívida estimado pelo BdP não foi revisto: continua a ser de 246.673 milhões de euros no final de Junho.

O Banco de Portugal estima agora que o rácio da dívida pública no final do primeiro semestre deste ano seja de 125,6%, abaixo do registo de 2017 e mais próximo da meta do Governo de 122,2%. Este é o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2012 (123,8%), de acordo com a série histórica da entidade liderada por Carlos Costa. 

A aceleração da economia é o factor determinante desta redução. Isto porque o montante de dívida pública em Junho estava cerca de quatro mil milhões de euros acima do que se registava em Dezembro de 2017 (242.620 milhões de euros).

Esta segunda-feira o Banco de Portugal revelou que a dívida pública voltou a aumentar em Julho. O endividamento pública somou 1,6 mil milhões de euros nesse mês, fixando-se nos 248.225 milhões de euros. Em causa está uma subida dos títulos de dívida que levou, na sua maioria, ao reforço da almofada financeira que o IGCP gere.
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