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PCP diz que Governo fez "batota fiscal" sobre execução orçamental de Janeiro
O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, acusou hoje o Governo de fazer "batota fiscal" com os dados da execução orçamental de Janeiro, reclamando o comunista que os números de tal mês em 2013 e 2014 são "incomparáveis".
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"Em Janeiro de 2013 ainda não tinham entrado em vigor as medidas do enorme aumento de impostos com que o Governo carregou o rendimento dos portugueses", alertou João Oliveira em declarações aos jornalistas no parlamento.
Dizendo que comparar Janeiro de 2013 com Janeiro de 2014 é "batota fiscal", o comunista é peremptório nas críticas ao executivo liderado por Pedro Passos Coelho: "O Governo procura regozijar-se com o roubo do rendimento dos trabalhadores, por via do IRS e de outros impostos, para deixar a mensagem de recuperação económica", declarou.
Os números da Direcção-Geral do Orçamento indicam que as administrações públicas registaram um saldo positivo de 638,7 milhões de euros em Janeiro.
Para a melhoria do resultado da execução orçamental contribuiu, sobretudo, o comportamento da receita fiscal, com destaque para os impostos directos, e a antecipação, para Janeiro de 2013, da contribuição mensal para o orçamento da União Europeia relativa a Fevereiro desse ano", justifica a DGO.
Para o PCP, o que a execução orçamental revela é que o Governo "recorre a tudo" para "fazer a propaganda que quer", mais a mais em período prévio a um sufrágio, no caso as europeias de Maio.